Capítulo 10

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Cloe

"Amar é suportar. Amar é acreditar. Amar é perdoar. 
Amar não é ter interesses. Amar não é arder em ciúmes. 

Amar é um ato de coragem, pois quem está disposto a amar deve estar disposto a passar por momentos difíceis ao lado da pessoa amada, a conhecer seus defeitos, a aceitar erros, a confiar, a buscar ser melhor e entender que os humanos são falhos! ..."

 

  Estava deitada em minha cama chorando há praticamente 2 dias. Parecia como uma verdadeira pessoa em depressão. Talvez esse fosse meu estado agora. Mas não podia ficar a vida toda. Não podia ficar chorando por homem nenhum, enquanto ele estava lá com aquela médicazinha de meia tigela.

  Juntei todas as minhas forças e levantei da cama. Tomei um banho, vesti uma roupa leve e fui cozinhar. Não gostava muito, mas pelo menos distraía a mente.

  Por volta das 10hrs, minha mãe chega com o semblante não muito bom. Sabia que Henry tinha sofrido uma parada cardíaca há 2 dias, logo após o término. Fiquei preocupada, mas minha mãe disse que ele estava bem.

  
    -O que foi mãe? Que cara é essa?-pergunto secando minha mão com o pano.

    - Henry precisa de sangue. - respondeu meio triste.

  Eu podia doar. O meu sangue é O- , ou seja, universal. Nesse caso poderia doar. Mas estou tão brava com ele. Com tanta raiva do que ele fez. Mas por outro lado, e a vida de uma pessoa que estamos falando. Não deveria me importar com quem, e sim com a vida dele.Aagh!! Mas por que isso é tão difícil? ...

    - Eu posso doar. - falei abaixando a cabeça.

    - Sério filha?? Ele vai ficar tão ...

    - Não. Não quero que ele saiba que fui eu. - digo a interrompendo.

    - Ok filha. Como quiser.

    - Que horas posso ir?

    -Quanto mais cedo melhor.

    - Ótimo. Já volto. -5 minutos depois eu volto - Vamos?

    -Claro.

   Já no caminho...

   - Cloe.. -Já sei até o que é- acho que vocês devem conversar. Eu nunca gostei daquela Lucy. Ela sempre dava em cima dele, mas ele nunca deu bola. Agora você diz que estavam se beijando? Não sei, mas acho que essa história está mal contada.

   -Ok mãe. Vou pensar no assunto. - respondi. Eu realmente iria. Parando pra pensar bem, realmente parece ter algo errado. Ele sempre a olhava com uma certa indiferença, e do nada a beija. Vou dar uma chance pra ele se explicar. Não seria justo da minha parte não lhe dá isso.

 
    Chegando no hospital. Vou direto para a sala de doação e assim que termino, digo pra enfermeira para não falar quem doou. Ela assenti e sai.

   Sai do hospital umas 14hrs, e vou pra casa. Almoço e durmo um pouco. Acordo 18:30hrs decidida, vou passar essa noite no hospital e assim dando mais uma chance para ele. Claro se ele me convecer. Espero que sim.

  Me arrumo rapidamente e sigo novamente para o hospital. Assim que eu chego, vejo dona Olivia saindo.

    - Olá dona Olivia.- digo e a Abraço.

    - Olá menina. Você veio ver o Henry?

    - Sim. Não verdade vou ser a acompanhante dele esta noite. -digo e a mesma abre um sorriso enorme.

    -Que bom. Ele não deixa eu passar a noite aqui. Acho que ele pensa que já estou velha. -rir- mas ainda estou na flor da idade.-começamos a rir.-Já vou indo meu amor. Qualquer coisa me liga. Boa noite. - Ela se afasta, mas antes de se afastar mais ela se vira - Espero que se acertem. - diz e pisca.

   - Boa noite dona Olivia.-sorrio

    Falo com minha mãe rapidamente e sigo para o quarto de Henry. Vejo uma enfermeira sair e fico um tempo do lado de fora tentando arrumar coragem. Vamos Cloe. Você não é covarde. Você consegue encarar isso. Respiro fundo e abro a porta. Ele continua imóvel.

    - Boa noite Henry.- ele me olha surpreso.

    - Cloe?

   Conversamos um pouco, até ele me pedir pra buscar uma "comida de verdade". Antes de sair ele me chama.

     - Cloe... Obrigado.

     - É só um lanche Dr.

     - Não. Não é só pelo lanche. Obrigado por estar aqui . Obrigado.- Disse com um brilho nos olhos. Aqueles olhos por quem eu estava perdidamente apaixonada. Droga! Por que não consigo tirar esse homem da cabeça? Aiii que raiva!

   Sai e uns 20 minutos depois voltei.

    - Achei que tinha ido embora.- disse aliviado.

    - O hospital está cheio Dr.

   -Senti sua falta. -Disse sério.

   -Eu também Henry. -respondi no mesmo tom. -Precisamos conversar.

    - Eu não a beijei. O Dr. Anderson disse que ia te chamar. Mas assim que ele saiu, a Lucy entrou e quando escutamos, provavelmente você na porta ela me beijou. Mas eu não retribui Cloe. Assim que ela o fez eu a empurrei. Depois que você saiu eu discuti com ela que saiu e acho que não volta mais a me importunar. Por favor meu anjo, acredita em mim. Sinto saudades amor. Eu nunca faria isso com você. Acho uma coisa extremamente baixa, e jamais faria isso. -Faz uma pausa e volta a me olhar- Você me perdoa por ter, mês.o que sem querer, te magoar?

    - Não sei Henry. Preciso pensar. - na verdade eu já tinha pensado e tinha acreditado. Ele foi sincero. Disse tudo olhando nos meus olhos e dessa forma, pude ver a sinceridade de suas palavras. Mas queria dá uma de durona.

    - O tempo que precisar. Estou te esperando.

   Ficamos conversando por um tempo e até que ele começou a ficar sonolento.

     - Vai dormir. Você deve estar cansado.

     - Você vai estar aqui quando eu acordar?

     - Sim. Sempre estarei aqui.- ele me encarou surpreso e sorriu. Me aproximei dele e o beijei suavemente.

    - Eu te amo meu anjo.

    - Eu também te amo meu Dr.

   "O amor não é uma guerra, mas vale a pena lutar por ele."

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