I Want You || Nemi (3° Temporada)

43 [3° Temporada]

Izabelle

Eu tinha acabado de sair do prédio e estava quase chegando a lojinha de doces quando sinto a sensação de está sendo seguida.

Sabe quando você fica olhando várias vezes pra trás tendo a sensação que alguem está te observando? É horrível.

E o fato da rua estar pouco movimentava era pior ainda.

Um carro parou ao meu lado e alguém me puxou para dentro, eu nem tive tempo de ver quem era quando sinto algo tampando meus olhos e minha boca.

Não entre em pânico, não entre em pânico.

Minhas mãos estavam sendo amarradas e seja lá quem estivesse fazendo aquilo não estava sendo nem um pouco delicado.

Alguns minutos se passaram e tiram o pano da minha boca.

-Eu não tenho dinheiro-

Ouço uma risadinha baixa.

-Mas que droga, eu só queria comer-

Resmungo.

O carro para e sinto o cheiro de gasolina, com toda certeza era um posto. Meus olhos são desvendados, pisco algumas vezss vendo Wilmer no banco ao meu lado, e mais dois homens extremamente assustadores, um no bando do carona e o outro tinha acabado de sair pra abastecer o carro.

-Onde está seu celular boneca?-

Wilmer toca em minha bochecha e o jeito como falava comigo me fez ter vontade de vomitar. Fico em silêncio, se eu abrisse a boca pra falar mais alguma coisa a ficha iria cair e eu entraria em pânico.

Ele coloca a mão no meu bolso tirando meu celular dali. Vejo o mesmo ir até a lista de contatos.

Isso não pode tá acontecendo, eu só QUERIA COMER, eu não acredito que estou pensando em comida agora.

Wilmer liga para o meu pai e coloca no viva-voz para que todos no carro ouvissem. O cara assustador número 1 já tinha voltado ao carro e dirigia pra algum lugar.

-Oi filha-

-Oi meu bem, é o Wilmer...Sua filhinha está comigo-

Passo a respirar com dificuldade me sentindo tonta, o carro de repente pareceu menor e ali dentro ficou abafado. Eu estava sem ar e não prestava atenção no que meu pai gritava no outro lado da linha pelo fato de ter a sensação que minha cabeça estava rodando.

-Eu te darei notícia...Ver se não liga pra polícia ou ela morre-

Ele desliga e joga o celular janela a fora resmungando algo sobre meu pai não conseguir rastrear.

-Agora boneca...-

-Não me chame assim-

Falo baixo me recusando a olhá-lo.

-Te chamo do jeito que eu quiser, e olhe pra mim quando eu estiver falando-

Tento soltar minhas mãos inutilmente, essa porcaria está doendo.

-Certo...Vamos fazer do jeito difícil-

Pelo canto do olho percebo que o mesmo pega uma arma e aponta pra mim.

-Quando eu mandar você fazer algo você não tem escolha e faz-