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Geneva, EUA.
03:30pm.

  — Juro que não sei se te dou uma porrada ou se te aplaudo.

Era complicado tentar explicar como eu me sentia quando tinha a Maxine por perto, não havia estado tempo suficiente para me acostumar com sua aparência, mas aos poucos eu fazia meu subconsciente aceitar aquilo ou simplesmente ignorar, o que era bem difícil mas eu estava me esforçando o máximo.

— Acho que o destino está conspirando ao meu favor. — desviei meu olhar para meu amigo que estava boquiaberto.

— Não quero testemunhar Christian terminando de quebrar seu maxilar Jay, aliás como tá isso ai? — ele gesticulou com a mão para meu maxilar.

— Melhor do que antes, certeza! — respondi entrando com o carro no estacionamento.

— Espero que você não faça nenhuma merda. — ele disse saindo do carro com sua bolsa e caminhando até o elevador.

Fiquei no carro algum tempo pensando no que eu poderia estar me metendo ao me deixar envolver por aquela garota. Eu devia estar em alerta, ela não era a Lonnie! Estava bem longe de qualquer coisa que envolvesse a mesma. Mas o fato era que, eu a via diariamente, seu rosto agora era minha rotina e o fato dela estar ali e me lembrar tanto meu ex amor me consumia por dentro. Se passava tantas coisas em minha cabeça que eu me sentia em um desenho animado onde os protagonistas sempre pensam demais e acontece de sua cabeça se abrir. Uau isso foi bem cabreiro.


Era quase noite quando Jake o porteiro do prédio tocava sem parar a sirena que dava alerta na minha cozinha. Me levantei do sofá assustado indo até a porta e a abrindo. Avistei o mesmo ofegante.

— O quê aconteceu? — ele respirou fundo e se apoiou na parede a sua frente.

— Uma mulher na recepção diz ser sua mãe senhor, até mostrar uma foto sua ela mostrou.

  — Como? — aquilo saiu mais alto do que eu imaginei.

O que Pattie estaria fazendo aqui? Como ela sabia? Pedi segredo ao Jeremy!

— Por favor senhor Bieber, me perdoe eu não sabia que era uma segredo sua moradia aqui. — ele se desculpava.

— Tudo bem cara! Eu... acho que tenho que descer.

— Posso dizer á ela para subir.

— Não! Eu desço.

Assim que fechei a porta chutei a primeira coisa que vi pela frente. Como ele pode?   

                        Desgraçado.

— Ei Justin? O quê houve cara? — Trey largou a manete do jogo que estava em sua mão pausando o mesmo e se levantando do sofá assustado.

  — Jeremy contou a Pattie onde eu estou, e advinha? Ela está lá embaixo. — falei encarando o chão sem saber o que fazer.

  — Wow! Sabia que isso uma hora ia acontecer. Você sabe cara, seus pais sempre foram protetores demais, por mais que sempre te deram seu livre arbítrio.

  — Tá, mas o que eu faço, agora? — passei a mão pelo meus fios de cabelo.

— O óbvio? Desça e fale com ela.

  — Droga. — bufei me dando por vencido, ou na verdade não haveria outra opção.

Peguei meu celular em cima da bancada da cozinha e sai pela porta pisando fundo, senti os passos de Trey atrás de mim e logo ele entrou no elevador junto.

— Relaxa cara! Vamos mandar a velha ir embora.

— Ei, ei não fala assim dela.

As portas do elevador se abriram dando vista á recepção do prédio. Jake apontou para aonde ficava as poltronas e disse que a mesma senhora que havia dito ser minha mãe estava a minha espera.
    
Assim que cruzei o corredor que me levaria para a tal área da recepção pude notar uma ranger rover  preta com um motorista em frente a porta na sua posição mais formal possível. Era realmente alguém da minha família. E era exatamente a minha mãe. Seu olhar veio de encontro a mim e ela abriu um imenso sorriso correndo até meu corpo e me abraçando, seus olhos estavam marejados e ela me apertava tão forte no abraço que eu sentia meus ossos se contraírem.

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