31º

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Notas da autora:
Oi bebês, espero que vocês tenham tido um ótimo dia e estejam se preparando para uma ótima noite de sono. Quem aí tem seu namorado(a) para presentear ou encher de chameguinho amanhã? Desejo à vocês um ótimo dia dos namorados.
Boa Leitura.

Maxine Morgan.

Geneva, Illinois.
Saturday, 10:45AM.

— Bom dia flor do dia. — Escuto a voz arisca do meu pai do outro lado da linha e mesmo sonolenta abro um sorriso.

— Quem é vivo sempre aparece. — Digo e ele ri do outro lado da linha.

— Não sei se você sabe mas hoje é dia 10 de Agosto. — Meu Deus!!!

Eu pulo da cama surpresa por não ter notado os dias se passarem tão rápido.

— Pai? — O chamo e escuto um ruído e logo à voz robótica de um computador anunciando um pouso. — PAAAI!!!

— Estou no aeroporto querida, venha me buscar! — Dito isso escuto os toques seguidos da chamada desligada.

Ainda tentando capitar que iria ver meu pai depois de quase 6 anos sem o ver, era a coisa mais importante para mim no mundo inteiro.
Me levanto da cama e puxo pra cima o blusão de anime que eu usava para dormir. Coloco um moletom e corro para o banheiro para escovar os dentes.
Eu sei que fazia anos que ele não me via e que era uma pena me ver fedida já que eu não iria tomar banho por estar extremamente atrasada.

Desço as escadas tropeçando em meus próprios pés, pego uma maça e assim que abro a porta vejo Lisa com seu típico uniforme do hospital.

— Bom dia. — Ela diz e eu apenas saio pela porta em direção a garagem.

Nossa comunicação em casa havia se tornado pouca desde o acontecido sobre minha irm... Lonnie? Eu preferia achar ainda que ela era uma desconhecida por mais que fosse sangue do meu sangue. Não que eu estivesse brava com a minha mãe, eu só me sentia traída e idiota por ter sido enganada por tanto tempo.

— Aonde vai? — Vejo Matthew se aproximar com a chave de sua moto em mãos.

— O papai. — Digo e ele pega o celular surpreso vendo a data.

— Caralho porque o filho da puta não avisou?

— Não faço ideia, mas já vou. — Arranco com o carro saindo pelas ruas na intenção de chegar o mais rápido possível no aeroporto.

Os dias haviam se passado realmente rápidos, coisa que eu achei que não aconteceria pois todos eles estavam sendo um pior que o outro. E como dizem alguns ditados, coisas boas passam rápido e coisas ruins prevalecem por algum tempo. Me questionava se já havia lido isso em algum lugar ou simplesmente tinha criado em minha mente.

Estaciono o carro em uma vaga livre do estacionamento do aeroporto e avanço em seguida pelas portas duplas olhando logo em volta de todo o ambiente.

De longe consigo avistar um homem alto e gravemente bronzeado, o que me fazia lembrar vagamente de como o clima do Brasil era gostoso.
Meu pai segurava uma placa personalizada com uma foto, onde havia eu segurando a cabeça de Matthew enquanto estava em suas costas e ele abraçado minha mãe por trás. Automaticamente limpo uma ligeira lágrima que desce pela minha bochecha.
Respiro fundo e corro até ele o abraçando tão forte que até mesmo escutei seus ossos darem "Olá".

— Meu Jesus Cristo, você está muito pálida! — Ele diz com seu péssimo sotaque gaúcho.

— E você está muito bronzeado. — Digo e ele sorrir me puxando novamente e me abraçando, um abraço que no mínimo demorou uns cinco minutos. — Pai? — Falo ainda no abraço o escutando fungar o nariz antes de me soltar.

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