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LEIAM AS NOTAS FINAIS.

Justin Bieber

Estava inquieto e literalmente perturbado desde algumas horas mais cedo, o sono não vinha e muito menos fazia questão dele agora, em minha cabeça havia tantos pensamentos, tantas questões, que não era atoa estar acordado às 4 da manhã. Me levanto ainda meio atrapalhado esbarrando em algo e ascendo à luminária do criado mudo, encaro meu reflexo e vejo um completo merda que era como eu me sentia agora.
Eu sabia que a decisão de me afastar tinha sido melhor para se tomar, mas não era como se no meio disso tivesse um rótulo em que vinha me avisando que seria tão difícil, na verdade estava sendo ainda mais difícil do que quando à própria Maxine me ignorava.
Caminho pelo quarto ainda que fosse uma luta para mim, meu corpo implorava que não saísse daquela cama por nada no mundo, mas precisava de um banho e eu iria tomá-lo.

Já debaixo d'água fria sinto toda à tensão que me rodeava, sinto o quanto estava travado tanto interno quanto externo, não me sentia o mesmo sendo tão fechado como estava sendo à praticamente duas semanas.
Maxine despertou em mim meus melhores momentos e o meu melhor eu, o fato de ter que negar meus sentimentos e um afastamento estava acabando comigo, mas eu devia ter em mente que o maior culpado disso não era ela e sim há mim, infelizmente era a realidade mais dura que eu podia engolir no momento.
De banho terminado enrolo em minha toalha enquanto com uma menor seco meus cabelos, saio do banheiro e entro no closet pegando uma peça de cueca e uma calça moletom, me visto rapidamente e logo volto ao banheiro e escovo os dentes. Novamente encaro meu reflexo e era totalmente repugnante ver.

                                   (...)

— Já acordado? — Me viro terminando de encher minha xícara com café e vejo Ana a alguns metros de mim.

— Antes fosse se eu tivesse conseguido ao menos dormir. — Respondo e ela me encara triste, provavelmente com muita pena! — Você acorda com as galinhas!— Tento fazer uma piada e ela não reage, apenas se encaminha de vir até mim.

Anastasia se encosta sobre à bancada de mármore assim como eu e deixa alguns segundos de silêncio no ar, mas logo um de seus braços me acolhe.

— Aonde está aquele garoto risonho que chegava em casa todos os dias? — Questiona ela.

— Também sinto falta dele. — Respondo e sou surpreendido por um abraço.

Ela me abraça forte e de primeira não consigo ter uma reação mas logo sinto algo que eu não tinha por muito tempo, um carinho maternal. Devolvo o abraço envolvendo meus braços em Anastasia apertando-a muito, talvez fosse até desconfortável para ela no momento mas eu realmente precisava daquele abraço. Não me sentia sozinho e nem nada do tipo, eu tinha pessoas boas do meu lado, mas ainda sim eu sentia falta da minha família e Ana era o mais perto que eu tinha de me espelhar nisso.

— Justin?! — Ouço sua voz descompassada e a solto imediatamente envergonhado. — Não precisa se envergonhar disso, eu o amo como um filho, e sempre que eu te sentir para baixo quero mostrar para você que por mais velho que seja tem alguém aqui por você. Não sabe o quanto é ruim te ver pelos cantos emburrado ou cabisbaixo, vale realmente à pena isso? — Encaro seus olhos azuis sem saber lhe responder. — Você tem que ver se você realmente merece esse sofrimento todo de novo por causa de uma garota.

— Eu a amo. — Sinto meus olhos lacrimejarem e logo fungo o nariz sabendo que seria inevitável nesse momento prender. — Sei que a amo de uma forma que sou incapaz de negar. — Respiro fundo dando um gole na minha cafeína. — Mas ela foi tão dura comigo... Não culpo ela, fui péssimo em mentir e tenho certeza que qualquer um pensaria o pior descobrindo da forma que ela descobriu, mas eu queria ter dito a chance, pelo de menos conversar e me explicar antes que ela deixasse sua mente ser tão influenciada.

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