33º

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FALA GALERINHA??? LEIAM AS NOTAS FINAIS!

Boa leitura. ❤️

Geneva, Illinois.
5:05AM.

Justin Bieber.

— Posso entrar? — Não me esforço em me virar reconhecendo à voz que estava na porta. — Como se eu precisasse pedir isso. — Percebo pelo seu tom, certo humor, mas assim que nossos olhares se cruzam percebo mesmo de longe seu desconforto.

Trey se aproxima aos poucos parecendo temer ao chegar perto, vejo de relance ele guardar seu celular em seu bolso traseiro de sua calça.
Mesmo pela baixa iluminação que havia no quarto pelo pôr do sol, conseguia ver certa preocupação em sua feição.

— Ana conseguiu dispensar todos, e o terraço já está sendo limpo. — O encaro por alguns instantes e observo ele se aproximar sentando ao meu lado na poltrona que eu havia colocado de frente para parede de vidro.

Alguns segundos havia se passado e o silêncio tinha se tomado por todo o quarto. Parte de mim queria me expressar e dizer para ele como eu me sentia, Trey era meu melhor amigo e me entendia melhor que ninguém, sempre foi assim mas outra metade do meu eu queria gritar sozinho consigo mesmo.
Dessa vez eu não sentia vontade de demostrar sofrimento, ou dizer como eu me sentia mal por algo, eu só queria estar ali presente com o que eu tinha, e com meu subconsciente implorando por ajuda.

— Eu me encontrei com ela antes de subir. — A surpresa na minha feição era presente, mas ainda sim, permaneci calado. — Seu silêncio não me faz querer ir embora, sabe disso não é?

— Não quero que vá embora. — Digo por fim e ele assente se levantando, ficando de frente para mim com seus braços cruzados.

— O que houve?

— Não quero falar sobre. — Respondo me levantando, indo até minha cama tirando a camisa e me deitando de bruços sobre à mesma.

— Cara eu não vou sair daqui enquanto não me disser o que aconteceu. — Ele parece observar algo e logo solta. — Você está abatido pra cacete.

— Eu estou bem. — As palavras saem tão baixas de meus lábios que percebo que havia sido minha deixa.

— Se eu não te conhecesse desde quando esse seu pinto era uma minhoca, eu poderia acreditar nisso.

— O que vai te satisfazer nessa conversa? Eu estou cansado cara, só quero deitar e não acordar tão cedo.

Terminada minhas palavras eu sou surpreendido por um estrondo na porta, quando meus olhos batem na mulher com um enorme salto vindo em minha direção eu me praguejo milhares de vezes.

— Mamãe estava morrendo de saudade do bebê dela! — Ela afunda suas mãos em meu rosto e eu me sinto sufocado mas não lhe distancio.

— O que está fazendo aqui? — Pergunto e ela me ignora indo até Trey e o apertando também.

— Assim você me faz apaixonar mais ainda. — Trey diz e em automático reviro os olhos.

— Mãe, não são nem seis horas da manhã, o que está fazendo aqui? — Repito minha pergunta me levantando e indo até ela, que remexia em alguma coisa dentro do closet. — Patricia?

— Iria esperar até você acordar, mas Ana me disse que já estava acordado. — Ela diz me puxando e deixando um beijo repleto de batom em minha bochecha.

— Ainda não respondeu minha pergunta.

— Estou de passagem filho, seu pai e eu temos compromissos em Nova Iorque e eu pedi para passarmos aqui antes de ir.

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