09.

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Continuava estática a olhar aqueles profundos olhos verdes e os seus lábios carnudos e rosados. Sentia o meu coração bater mais rápido tal como o número de expirações dele, espalhando um bafo quente e com um cheiro a menta contra os meus lábios. Começamos a aproximar ainda mais as nossas caras e ambos tínhamos um pequeno sorriso a querer revelar-se.

Ouve-se um barulho de uma queda e logo sou despertada para o mundo, alguma coisa deve ter acontecido. Saí dos seus braços e corri para ver o que se passava. Depois de sair do meu quarto vi Emma no meio do chão, estendida com as pálpebras fechadas. Gritei o nome do Zac e ele logo apareceu. Ainda estava a pensar no transe em que nos encontrávamos à segundos e o quão estranho iria ser o nosso convívio durante pelo menos as próximas horas. Logo voltei ao mundo deixando a lua para trás e corri até ao fundo das escadas. O Zac veio logo atrás de mim e tentou acordar a mãe com pequenas chapadinhas nas bochechas mas os olhos dela continuavam serrados. Depois de breves momentos de pânico ela acordou e logo os seus olhos castanhos esverdeados olharam para nós confusos como se não percebessem o facto de nós estarmos ajoelhados à sua volta e ela deitada. Ajudamo-la a levantar-se e se não estivéssemos ao seu lado tinha perdido o equilíbrio novamente, o Zac pegou-a ao colo e levou-a para cima. Eu fui de imediato para a cozinha, pus uma colher de açúcar num copo de água e algumas bolachas num prato. Coloquei tudo num tabuleiro e levei para o quarto de Emma para que o seu organismo tivesse um pequeno aconchego depois daquele pequeno grande susto.               Emma aceitou e depois de beber a água açucarada comeu algumas bolachas. Ajudei-a a deitar-se, dei-lhe um beijo na testa e fiz o caminho até ao quarto de Zac. Bati à porta e logo ouvi um “entre”.

Eu: Bem, a Emma já está na cama. Té amanhã.- Mandei um beijo ao ar.

Zac: Té amanhã.

Fechei a porta e caminhei pelo corredor até ao meu quarto, deitei-me e logo adormeci.

*

Acordei com uma estranha vontade de comer. Já sentia o cheiro de torradas pelo ar e isso deu-me ainda mais fome. Levantei-me, tomei o meu tradicional duche matinal e vesti umas calças de ganga escuras porque estava com o período (estúpido endométrio que quer receber bebés e me faz ter um rio de sangue a sair de mim e que me dá umas dores insuportáveis),a minha camisola roxa de lã e calcei os meus vans. Vesti a minha parka azul escura e apliquei um pouco de base no rosto. Desci as escadas e vi a minha “família” toda sentada à mesa e entre pequenas conversas e risos e roubos de torradas. Sentei-me na cadeira mais próxima de Gustav e roubei-lhe a torrada que ele tinha na mão. Ele fez carinha de amuado e eu não resisti e tirei uma foto para relembrar aquele bom momento. Comi mais algumas torradas enquanto ia bebendo uma chávena de chá. Despedi-me do meu cenourinha e de Emma porque eles iriam para San Diego ainda hoje e ainda fui buscar umas coisas de que me tinha esquecido ao meu quarto. Peguei na minha mala assim como no meu capacete e segui o meu caminho até à garagem onde o Zac já estava à minha espera, sentei-me e agarrei o seu corpo enquanto íamos em movimento. Em menos de 15 minutos estávamos no portão da minha escola. Combinámos almoçar com a El e o Ryan na pizzaria do centro comercial e depois como era o último dia de aulas, tinham dispensado os alunos na minha escola durante a tarde e eu ia com eles para a escola deles ver o espetáculo que haveria durante a tarde. Depois íamos ver o filme e jantávamos em casa da El, o Zac disse que ela fazia questão.

Depois de nos despedirmos com um abraço, entrei dentro da escola, sentei-me num dos bancos do jardim e liguei à El.

#chamada on

Eu: Bom dia linda

El: Bom dia feia

Eu: Eu e o Zac estivemos a combinar as coisas, parece que vou estar convosco a tarde toda.

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