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 Eu: Cindy, ambas sabemos que tu queres ir ao cinema.

 Cindy: Bem, tens razão. As nozes ficam para depois- disse e pos-me a língua de fora.

 Entrámos na sala de cinema e sentamo-nos pela seguinte ordem: cindy-dylan-eu-zac-el-ryan. Assistimos ao filme que eu e o Zac já tinhamos escolhido. Depois do filme ainda estávamos todos a rir e eu estava um bocado indisposta, um chá era o que eu precisava.

 Eu: Eu preciso de um chá, alguém quer que eu traga alguma coisa?

 Zac: Eu vou contigo, preciso urgentemente de um café.

 Eu: Até já pessoal.

 Bem, fui com o Zac ao Starbucks e fizemos os nossos pedidos. Quem nos veio servir era uma rapariga loira com um vestido que mostrava quase metade do rabo e mais de metade das mamas de fora. Fiquei um pouco admirada porque o Zac não lhe ligou nenhuma por mais que ela quase esfregasse as mamas na cara dele e no fim, só por touché, ela deu-lhe um papelinho com o número dela. Quando saimos do estabelecimento rimo-nos tanto, ela estava mais que desesperada Meu Deus. Foi lindo quando o Zac a chamou e rasgou o papelinho e ainda enfiou o papel no avental dela e ainda disse "obrigado". Por  muito que o chá me tivesse acalmado, eu precisava mesmo de ir para casa, tomar uma boa dose de parecetamol e dormir. Fomos até ao bowling porque o resto do grupo estava lá e depois se falar com o Zac, ele concordou em irmos para casa porque tinham de aproveitar bem o último fim-de-semana lá em casa. A El ainda tentou convencer-nos a ficarmos lá, depois iamos jantar a casa dela, mas para azar dela, eu sou muito teimosa e não quiz mesmo ficar lá porque as dores do período estam a acabar com a pouca sanidade mental que me resta. Depois de 10 minutos a tentar convencê-la ela cedeu.

Saímos do centro comercial e fomos para casa na sua mota. Arrumamo-la na garagem e entramos pelas traseiras. Decidimos levar logo alguma lenha para acender a lareira, visto que já fazia algum frio e acabámos a falar do Dy.

 Zac: Vocês eram muito próximos não eram?

 Eu: Com aquela encenação toda passámos bastante tempo juntos, é verdade.

 Zac: Espera, aquele gajo era o teu “namorado”?-disse a última palavra fazendo aspas com os dedos.

 Eu: Ya, mas para além disso era um dos meus melhores amigos.

 Zac: E como é que é a vossa amizade à distância?

 Eu: Ligar para desabafar de vez em quando. Eu não quero parecer estranha e ele tem de estudar bastante por causa da universidade.

 Zac: Sim senhora. Bem, já se comia qualquer coisa…

 Eu: Nem penses. Ligamos para a pizzaria e está feito.

 Zac: Depois não te admires quando me vires a rebolar em vez de andar.

 Eu: Pronto, amanhã acordamos cedo e eu aproveito e vou treinar boxe. Assim já descarregas algumas calorias.

 Zac: A sério? Não valia mais fazeres tu a paparoca em vez de acordar cedo?

 Eu: Não e tu meu menino-apontei para ele- não te safas.

 Zac: Não me levanto antes do meio dia.

 Eu: Menos 4.

 Zac: Na na na. Acordar as 8? Só nos teus sonhos.

 Eu: Os meus sonhos são realidades.

 Zac: Porque é que és tão teimosa?

 Eu: Porque é que és tão dorminhoco?

 Zac: Na na, eu perguntei primeiro.

 Eu: E eu perguntei depois, isso não muda nada. Isto não funciona por ordem de chamada.

 Zac: Ai que resmungona que tu me saíste…-disse a sorrir.

 Eu: E que preguiçoso. Eu quero pizza e mais nada.-peguei no telemóvel e atirei-me para o sofá quando estava à procura do contacto.

 O Zac viu o que eu estava a fazer e sentou-se em cima de mim, com as pernas a cercarem a minha cintura. Tirou-me o telemóvel da mão e atirou-o para o sofá individual que estava à nossa direita. Baixou-se de modo às nossas testas estarem encostadas e a minha respiração acelerou consideravelmente. O meu olhar estava centrado nos seus brilhantes olhos verdes e de vez em quando olhava para os seus lábios que eram molhados frequentemente pela sua língua. Ele roçou os nossos narizes e os nossos lábios estavam a milímetros de distância até que o meu telemóvel toca. Com o susto afastámos os nossos rostos, ele saiu de cima de mim e foi buscar o meu iphone.

 -É a El.

 -Atende tu e diz que eu fui à casa de banho.- levantei-me e fui até ao meu quarto.

 Encostei-me à porta e respirei fundo. Já é a segunda vez que estamos quase a beijarmo-nos e há sempre algo que nos impede, felizmente. Ou infelizmente… Estou tão confusa… Deitei-me na cama de barriga para baixo enquanto refletia melhor no assunto.

 #P.O.V. Zac#

 Atendi a chamada da El e vi a Jane a subir as escadas que nem um foguete.

 #chamada on#

 Eu: Oi El.

 El: Zac? Onde é que raio anda a Jay?

 Eu: Foi à casa de banho.

 El: Vocês andam um bocado estranhos, não?- Conto ou não conto? É melhor não..

 Eu: Não, porque dizes isso?

 El: Sei lá, parece que estão tensos quando estão perto um do outro.

 Eu: Deve ser impressão tua.

 El: Talvez. Olha eu liguei para saber se amanhã vêm almoçar cá antes de irem.

 Eu: Sim claro. Até manhã…

 El: Xau retardado.

 #chamada off#

 Eu estou a sentir-me tão confuso com isto tudo… Eu quero beijar a Jay, mas parece que o mundo está contra nós. Eu só quero sentir os seus lábios envolvidos pelos meus. Será que estou a ficar apaixonado? Argh, a minha cabeça está numa grande confusão.Eu gosto dela mas é amor? Eu amo os seus cabelos escuros e o contraste que fazem com os seus olhos azuis é apaixonante. As suas pestanas volumosas e o seu sorriso que é capaz de me por a sorrir no meio da guerra em que morreu mais de meio planeta. A sua gargalhada é o som mais melodioso que ouvi. Faz-me rir também e sinto que com ela ao meu lado serei mais que feliz. Isto é tão confuso! Ela é minha irmã, mas não tem qualquer semelhança no sangue e eu não vou resistir à tentação durante muito mais tempo.

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Ainda não foi desta. Mas pode ser que à terceira seja de vez...

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