Feliz ou infelizmente cheguei a San Diego. Estiquei as minhas costas, deixando de sentir os meus músculos tensos e ouvi o crack dos meus ossos por estar tanto tempo sentada num banco de avião. Com a minha mala na mão segui atrás de Ryan até avistarmos o Louis e o Gustav que estavam sentados numas cadeiras no salão de espera do aeroporto. Caminhei sorrateiramente e coloquei as minhas mãos a tapar os olhos do meu ruivinho preferido.
-Mana!- gritou o meu irmãozinho mais novo, subindo para a cadeira e abraçou-me.
- Olá peste!- disse remexendo o seu cabelo cor de cenoura.
-Ele não se calou a viagem toda a falar em ti.- disse Louis sorrindo e colocou a mão sobre o ombro do filho- E tu campeão?- questionou balbuciando o cabelo castanho escuro de Zac.
-Pai, eu já não sou uma criança- anunciou, levando as mãos ao cabelo para o colocar no seu jeito natural que eu tanto adoro.
- Serás sempre a minha criança filhinho- tagarelou, empurrando o filho contra o peito como se lhe fosse afagar as mágoas.
-Muita melice para um dia pai- falou sacudindo a cabeça e piscando-me o olho discretamente ao afastar-se do seu progenitor.
Senti um ruborizar leve no meu rosto com a sua atitude e eu não devia reagir desta maneira. O meu corpo não deveria ter estas reações com coisas tão simples como um piscar de olho. Louis insistiu para levar a minha mala e eu aceitei, optando por pegar na mão do meu cenourinha enquanto íamos até ao carro.
A viagem demorou pouco mais de uma hora e o clima perante ela foi muito divertido. Estivemos a ouvir as queixas de Louis em relação aos nossos vizinhos mexicanos e argentinos que pareciam gostar de festas até às três da manhã com música tradicional. Saímos do automóvel e eu arregalei os olhos ao ver a minha futura casa. Era uma vivenda moderna, baseada em linhas retas. Ao entrar pelos portões de ferro víamos logo a piscina de fundo azul calro com um rebordo em azulejo branco sujo. Duas espreguiçadeiras e uma mesa estavam próximas da piscina assim como uma churracqueira de tijolos de uma tonalidade clara. Se atravessarmos o passeio branco entramos na parte inferior da casa que contém um espaço com alguns sofás de exterior. Pela visão que obti até agora já adorei. A casa retangular branca com algumas partes a empedrado beje, a varanda com corrimão de metal e vidro e os vitrais que separam a zona de habitação da garagem. O jardim verdejante coberto por palmeiras das mais variadas dimensões e vasos distribuidos pela entrada da casa. Devo adicionar que o Louis é um excelente arquiteto, agora questino as qualidades da Emma quanto decoradora e tenho a certeza que serão ótimas porque já no Japão a casa estava perfeitamente decorada.
Depois de tirarmos as malas da bagageira entrámos pela porta da garagem até à cozinha, esta que estava pintada em branco com algum mobiliário em negro, fazendo um contraste harmonioso. De seguida fomos à sala de jantar e subimos as escadas até ao primeiro andar. O Louis indicou-nos o lugar dos nossos quartos, sendo o meu e o do Zac apenas separado pela casa de banho que vamos partilhar, depois do quarto dele temos um escritório e antes do meu uma sala de cinema. Do outro lado do corredor é o quarto do Gustav, o da Emma e do Louis, as suas respetivas casas de banho e ao pé do escritório está o quarto de visitas. Entrei no meu, empurrando a porta de uma madeira bastante clara. A parede da cabeceira da cama está pintada de um verde tropa com um painel de 3 quadros com uma paisagem do Faroeste, a cama é preta e a sua colcha branca dá uma leveza bastante incrível à divisão. A mesa de cabeceira tem uma jarra com algumas rosas brancas, um tom igual ao dos cortinados que tapam a janela francesa que separa o quarto da varanda. A parede do fundo do quarto está coberta de uma ponta à outra por um guarda-vestidos embutido e na parede adjacente à direita da cama jaz uma cómoda com espelho com uma forma irregular.
Caminhei pelo flutuante e sentei-me sobre a cama. Libertei um suspiro que não sabia que continha e fechei os olhos. O meu novo quarto é a minha definição de perfeição, mas tenho medo do que se possa passar nesta casa. Posso ter atravessado o Oceano Pacífico, mas o Zac veio comigo e isso muda tudo. Eu cada vez sinto mais vontade de atacar os seus lábios como um leão em ataque à sua presa. É algo que não consigo controlar e isso é demasiado frustrante porque eu reconheço que é errado, mas o meu coração continua a bater desesperadamente para que isso aconteça.
Abro o fecho da mala e retiro as minhas roupas, arrumando-as logo de seguida. Uma parte da roupa que trouxe poderá ser arrumada na arrecadação porque faz imenso calor neste estado americano. Olho para o relógio do meu telemóvel e assusto-me com as horas que apareceram, lembrando-me depois que ainda não deve ter atualizado o fuso horário. De qualquer das maneiras, preciso urgentemente de tomar um banho e mudar de roupa. Se contarmos o tempo que gastei a arrumar a roupa, as horas da viagem -desde o posto de vigia até ao aeroporto e a viagem aérea- e a mudança de fuso horário estou acoradada à mais de 24h. Levo os meus produtos de higiene para a casa de banho e procuro por toalhas no armário do lavatório. Depois de as encontrar, dispo-me e ponho a roupa no cesto. Abro a porta do chuveiro e entro deixando as gotas de água fresca caírem pela minha pele clara. Esfrego o meu cabelo com o meu shampoo de maçã duas vezes e passo o gel de banho pelo corpo, enxanguando-me por fim. Abro a porta do poliban e puxo uma toalha pequena para limpar o cabelo, sacudindo-o primeiro. Enrolo o corpo numa toalha maior e saio da casa de banho, correndo em bicos de pés para o meu quarto. Visto uns jeans pretos, uma camisola curta com duas zebras e calço umas sandálias pretas apenas compostas por algumas tiras de cabedal. Deixo o meu cabelo escuro secar naturalmente nas minhas costas e pego nas toalhas, pronta para as deixar no cesto da roupa suja.
Quando coloco a mão na maçaneta da divisão pretendida sou surpreeendida por uma pessoa a abrir por dentro. O torso musculado e moreno de Zac é a minha primeira vista, sendo seguida pela toalha que assenta perfeitamente na sua anca demarcada pelas perfeitas linhas em V. Com o susto ambos damos um pequeno salto e a sua toalha cai. Fecho os olhos e atiro as toalhas para a casa de banho correndo de seguida para o meu quarto. Fechei a porta violentamente e deixei as minhas costas escorregarem pela porta até me encontrar sentada no chão com os joelhos colados ao peito.
POR FAVOR DIGAM-ME QUE ISTO NÃO ACABOU DE ACONTECER!
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Peço desculpa pela demora do capítulo, mas a situação cá em casa está um bocadinho pesada. Enfim, todos temos problemas pessoais...
O próximo update deve estar longe de ser publicado, ainda pelos motivos da nota anterior.
Queria agradecer as quase 500 leituras. Quando comecei a escrever as primeiras palavras desta história, nunca imaginaria que alguém se desse ao cuidado de ler o que quer que fosse da minha autoria. Podem ser poucos, mas representam muito para mim. Obrigada a todos, amo-vos! É algo que não consigo descrever, eu venero-vos...
Mas deixando as emoções no c*ralho mais velho, obrigada amores e estejam à vontade para falar comigo, não mordo e ainda não virei anaconda como a Nicki Minaj. Devo admitir que o videoclip é demasiado para mim, era mais fácil por o vídeo num site porn do que no youtube, mas o que podemos fazer? Uns morrem, outros ficam assim...
See you soon (not too soon, but ok)
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Just for passion |Hiatus|
Teen Fiction"A vida não é um conto de fadas" Jane chegou a essa conclusão demasiado cedo, mas talvez todo o sofrimento que ela teve a leve a ter toda a alegria que ela merece quando se muda para San Diego na Califórnia. Tudo vai mudar na vida dela, mas o melho...