Quando Dom Carbonne passou a liderança para o seu filho, após sofrer um ataque quase fatal, sabia que este estava preparado para tomar as rédeas do seu império, mas também previu que levantaria cobiça e intrigas abismais. O que ninguém esperava, era...
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Alerta! Esse capítulo contém violência.
- Seja o que for,
Não deixe o orgulho quebrar
O que pode se unir.
Vladimir coxeava ligeiramente, tinha um olho fechado inchado e uma ferida no canto da boca. Ainda assim, o orgulho o fazia caminhar de ombros erectos e queixo erguido, sem deixar antever toda a humilhação que tinha passado nos últimos dias.
— Abra. — Ordenou para o guerreiro que o acompanhava. Estava parado diante da porta do quarto onde sua cunhada tinha sido trancafiada. Nunca sua raiva pelo irmão tinha ido tão alto como naquele exacto momento.
— Vlad! — Yulia levantou os olhos sem acreditar no que via e tentou não demonstrar a pena que encheu seu peito quando o viu andar com dor e dificuldade. — O que fizeram com você?
Ele olhou por cima do ombro para o guerreiro que baixou a cabeça no mesmo instante. Havia uma grande diferença entre os irmãos Petrovich, pois enquanto Alex adorava deixar vestígios de sangue, Vladimir era conhecido como O Fantasma. As pessoas simplesmente desapareciam.
— Seu marido está louco. — Murmurou de modo a que só ela pudesse ouvir. — Eu preciso tirá-la daqui.
— E Lyubov e Sasha? Não posso...
— Levaremos eles também, mas se continuarmos aqui acabaremos todos mortos. — Levantou uma mão para acariciar o rosto dela que fechou os olhos. — Só preciso me recuperar um pouco e colocar todo meu plano em prática.
— O meu pai e o seu não vão nos perdoar nunca. — Yulia demonstrou medo.
— Não importa. — Vlad garantiu sem demonstrar nenhum medo. — Alguém precisa colocar um basta nessas loucuras.
— E como ela está? A Lyub?
— Linda... Vou ordenar que a tragam aqui.
— É melhor não. — Yulia tinha medo. — Eu aguento. Não quero que seja ainda pior.
Os olhos do Brigadier da Bratva brilhavam sem parar assim como a respiração se mostrava irregular diante daquela mulher que fazia seu coração acelerar. Contudo, o encanto que os unia foi quebrado quando escutaram gritos altos e desesperados que vieram lá de baixo.
Vladimir apertou os punhos e saiu do quarto com a perna aleijada a latejar. Sempre tinha sido um melhor lutador que o irmão, mas o outro era muito mais ágil e certeiro, o que o colocava em desvantagem. Desceu os degraus e se cruzou com Leonid que subia de olhos dilatados. Boa coisa não podia ser.
Antes mesmo de chegar na sala, já se via um rastro de sangue que escorria naquela direcção. O qual ele teve que esquivar para não sujar seus sapatos, curvando até uma das salas e travou ao encontrar Alex que tinha a camisa com manchas de sangue e as mãos a respingar. Estava parado a olhar o guerreiro que tinha a jugular aberta e agonizava sem parar, enquanto os olhos azuis e frios analisavam cada convulsão que dava antes de encontrar a morte. O outro mais forte apenas observava cheio de medo, sabendo que em seguida seria a sua vez.