016_ Vícios Imperiantes

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- Se gerar auto-controle,

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- Se gerar auto-controle,

Então não é vício.

Só luta contra, quem não consegue dominar.

─ Você fez o quê? ─ Sabrina não podia acreditar. Ainda a vestir o uniforme policial, tinha corrido logo que terminou o seu expediente de quarenta e oito horas. O atentado contra o casino tinha revirado o departamento policial, mas pelo menos tinha conseguido se concentrar ao saber que sua amiga estava de volta sã e salva.

─ Tomei um banho, fiquei toda cheirosa e cozinhei para ele. ─ Eveline contou com a cara amarrada enquanto arrumava a mochila do filho pequeno. ─ Tudo em vão amiga.

A casa dela era pequena e muito bem decorada. Possuía dois quartos, uma sala com uma lareira aconchegante e a cozinha onde estavam tinha ladrilhos verdes.

─ Eve, você podia ter morrido.

─ Só se fosse desidratada de tanto molhar a calcinha. Que homem era aquele meu Deus do céu! ─ Exclamou já a lamber os lábios e deu uma pequena batida nos ombros da sua melhor amiga. ─ Relaxa. Tive quase tudo sob controle... quase.

─ E se ele tivesse feito algo com você?

─ E deveria ter feito, mas saiu disparado como um furacão. ─ Soltou um longo suspiro pesaroso e apoiou a mão na cintura. ─ Se me quisesse morta teria me deixado no meio da Magia, não acha?

─ Tem toda razão. Eu peço desculpas por não ter protegido você. ─ Sabrina se culpou e carregou o pequeno rapaz que entrou na sala já vestido para ir ao jardim-de-infância. Não iria se perdoar nunca se algo tivesse acontecido a mãe dele. ─ Olá meu amor...

─ 'Tou bem tia Bina. ─ Respondeu e lhe deu um beijo babado.

─ Se tivesse largado aquele ruivo gostoso para me proteger, eu própria ia te matar. Onde já se viu? ─ Eveline garantiu a dar uma risada desenfreada e caminhou para colocar um casaco por cima da roupa. Os dias estavam mais frios, em breve seria o natal e a neve já dava o ar de suas graças.

Sabrina era o oposto dela, sempre com o ar sério de quem muito pouco ri e leva tudo seguido à risca. Não só pelo treino policial, mas depois da morte de seu marido Bonatti, muito se tinha transformado. Com uma hipoteca por pagar e dois filhos por criar, os poucos momentos de leveza se davam quando Eveline estava por perto.

─ Agora que vi com os meus próprios olhos que está tudo bem, por favor, tome cuidado. ─ Pediu a seguir até a porta, pois a amiga ia deixar o filho e depois abrir a sua loja que ficava bem no centro da cidade.

─ Ele é que tem que tomar cuidado meu amor. Estou caindo com tudo em cima! ─ Respondeu caminhando até ao pátio onde se encontravam os carros. Abriu a porta e colocou o filho na cadeirinha. ─ Vai ser lindo, tesudo e rico daquele jeito.

Guns N'Cigarettes [DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora