015- Gaiola Dourada

5.6K 898 719
                                    

- Uma gaiola de ouro,

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- Uma gaiola de ouro,

Não deixa de ser uma prisão.

Franco deixou o casino logo que terminou a reunião, podia sentir o olhar feroz de Pietro Ferretti que entrava no carro em frente ao seu. Havia uma visível ameaça vinda do ruivo que o fez sorrir, gostava daquilo. Entrou no seu carro e começou a dirigir a pensar nas palavras do Chefe, sem poder deixar de se lembrar do seu irmão que os tinha traído e fora enterrado na vala comum como um indigente. A mãe de Franco tinha ficado com a guarda dos netos, mas a sua cunhada estava agora entregue à própria sorte. Ele nunca se tinha dado bem com Blanca, pois facilmente tinha raiva de mulheres que se achavam o centro do mundo, então mal podia esperar para vê-la mendigando sem os Louboutins. Talvez ela finalmente aprendesse a parar de medir as pessoas pela etiqueta da roupa.

Quando chegou no seu prédio, procurou o molho de chaves e entrou na sua casa, acendendo a luz.

─ Mas que porra é essa? ─ Perguntou ao ver Eveline adormecida no seu sofá com uma garrafa de vinho aberta que estava no chão. Na mesa de jantar tinha travessas com comida, pratos e taças arrumadas.

Ela abriu os pequenos olhos e se espreguiçou. Tinha tomado um banho e usava uma camisa dele, deixando as coxas grossas à vista.

─ Fiquei te esperando para jantar e fui bebendo... ─ Ronronou ainda sonolenta.

─ Você cozinhou?

─ Claro. A merda da comida que você se referiu era enlatada. E se alimentar mal na minha presença é pecado. ─ Ela passou a língua nos lábios num gesto inocente e piscou. Ai meu Deus, quero ver mesmo se ele fode tão bem quanto prometeu. Bateu na boca após pensar. Perdão senhor, não devia usar seu nome e essa palavra na mesma frase.

─ Você é maluca? ─ Franco empurrou a porta atrás do seu corpo e deu um passo em frente. ─ Eu praticamente raptei você e fica me fazendo comida?

─ Ué. Você é da família do dono lá da boate Magia, então aproveitei para ir mexericando umas coisas aqui.

─ Você fez o quê?

─ Culpa sua. Quem mandou me trazer aqui? ─ Ela deu meia volta a balançar a bunda e andou para perto da mesa. ─ Fiz massa. Italianos adoram massa não é?

Franco uniu o sobrolho e piscou.

─ E se eu for um louco psicopata? Sua tentativa de gerar empatia não iria surtir efeito. ─ Asseverou e deu dois passos em frente olhando para o relógio de pulso que era de ouro e sem números, só com os ponteiros. Seu pai que morrera a defender o pai de Nicola, cumprindo o juramento, lhe tinha deixado em herança.

Já tinha passado da hora do jantar.

─ Você não tem cara de psicopata.

─ Psicopatas não têm cara.

Guns N'Cigarettes [DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora