008 - Problemas

6.3K 784 498
                                    

- Agora me conte,

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- Agora me conte,

É você que se atrai por Problemas,

Ou eles são atraídos por você?

Ma io vou matar Petrovich! ─ Nicola vociferou quando deixou Libélula no chão na parte de trás da boate Magia. Era uma rua escura e vazia, cheia de caixotes de lixo e paredes pichadas. ─ Ande.

Ela viu o brilho da arma ainda morna que reluziu quando foi sacudida na sua frente. Ao longe se ouviam as sirenes da polícia, mas não havia tempo para perder e por isso sentiu a mão rude que se enroscou no seu braço e a arrastou para fora dali. Os saltos dela batiam no chão de cimento, o ar frio imitava uma fumaça que se escapava dos lábios deles.

Carbonne estava nervoso demais.

─ Como se atreveu a invadir meu espaço desse jeito? ─ Continuou a bufar enquanto a puxava sem se preocupar se Libe se equilibrava ou não, apenas parou para espreitar se estavam a ser seguidos e logo curvou por outra rua que estava cheia de pequenos bares duvidosos, como toda aquela área.

─ Ora, me solte! ─ Ela puxou o braço com força e quase voou ao chão quando seu pedido foi atendido e se sentiu tropeçar nos próprios pés. Ficou irada, o peito subia e descia com pressa e tratou de andar com os braços cruzados contra o corpo para se proteger do frio nada amigável.

─ Temos que sair daqui. ─ Guardou a arma no cós das calças e continuou a andar com pressa, olhando pelo canto para ver se era seguido. Podia sentir o celular vibrar sem parar dentro dos bolsos. Estava furioso pela atenção que seria empregue a sua boate, a mídia e a polícia cairiam em cima. Por mais que subornasse muitos, sempre havia os que pautavam pela justiça e o quereriam ver por baixo. Seria um problema grave por se resolver e era tudo o que menos precisava naquele momento. A Famiglia era alvo principal naquela cidade e sair do anonimato não estava em seus planos.

Libélula podia ver uma nuvem cinzenta e cheia de raios que povoavam a cabeça daquele homem que muito estranhamente conseguia ficar ainda mais charmoso quando a fúria tomava conta de si. Porém, não era o primeiro e nem o último homem bonito que já tinha visto na vida, e sabia que infelizmente aparência não era um passaporte válido para eliminar o mau caratismo.

─ Tenho frio. ─ Reclamou depois que andaram duas ruas abaixo, bem distante da confusão que tinha surgido na Magia.

─ Vai me dizer que naquelas sacolas de compras não tinha nenhum casaco? Não entendo nada de moda feminina, mas sei que no inverno sempre levam algo para se cobrir. ─ Murmurou em resposta sem esconder sua grosseria e parou distante de alguns cafés que estavam apinhados de gente àquela hora. Retirou o celular do bolso e atendeu com ira, falando num italiano tão rápido que Libe não conseguiu compreender uma palavra sequer.

Quando terminou, desligou o telefone por completo. Coçou as têmporas e atravessou a avenida da Liberdade que tinha uma grande estátua de um líder antigo e que se sobressaía em sua imponência. Alguns carros circulavam e pessoas também.

Guns N'Cigarettes [DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora