011 - Negócio Inicial

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- Quando o diabo compra sua alma,

É porque ela já era previamente corrompida.

           O rosto dele ardeu pela bofetada e as sobrancelhas subiram.

Segurou-a pelos ombros ignorando os seios que balançavam na sua frente enquanto ela se debatia em meio do seu pesadelo privado.

Libellula! ─ Exclamou ainda a conter a fúria por ter levado mais uma bofetada daquela mulher. Que mão pesada tinha, deveria afirmar, e doía de verdade.

A pele que a cobria chegava a ser quase perfeita, sem nenhuma mácula não fosse as marcas visíveis do recém ataque sofrido. Podia se ver uma linha fina e mais clara no pescoço e nos pulsos. Aquilo com certeza não seria bom para os negócios.

─ Não me faça mal. ─ Ela implorou ainda de olhos fechados. ─ Já chega. Eu não... Não aguento mais... Pozhaluysta.

Nicola a sacudiu ao de leve. Sabia que a vida de muitas garotas de programa não eram fáceis, mesmo as que trabalhavam para si por vezes traziam reclamações de clientes doentios, mas sentiu um clamor diferente que escapava dos lábios dela. Lágrimas caíam sem parar. Valentti rosnou baixo e saltou para cima da cama em toda sua magnitude, o colchão afundou com todo seu peso. Olhou para Nicola com atenção e depois para a mulher sentada de olhos fechados sustentada apenas pelas duas mãos fortes que a seguravam.

─ O que quer? Devo dar uma bofetada nela de volta para despertar? ─ Carbonne soltou um muxoxo irritado.

─ [...] Quero ir para casa. ─ Ao ouvir as palavras da boca dela, pestanejou. Se perguntou se a meio daquele choro desesperado se pretendia voltar para Petrovich. ─ Ele vai matar ela... Vai...

Nicola desta vez a sacudiu com força e os olhos acompanharam o balanço dos seios que dançaram com perfeição. Eram redondos e com mamilos pontiagudos, nem era de ferro para estar diante de uma mulher daquele jeito. Revirou os olhos.

─ Acorde, Libellula! ─ Gritou e a viu parar e abrir os olhos devagar, confusa enquanto tentava se acostumar com a vista corrompida pelas lágrimas. ─ Finalmente.

─ O que...? ─ Ela se afastou das mãos dele, mas sentiu a maciez do corpo do tigre atrás de si e sentiu o coração falhar uma batida. Puxou o lençol para cobrir seu corpo e estalou a língua quando Nicola lhe deitou um olhar irónico.

─ Não tem mais nada para esconder. ─ Adiantou e se afastou da cama. ─ E saiba que estou contando cada bofetada que já me deu. Incluindo a que me deu dormindo, me odeia assim tanto até no sono? Fiquei emocionado.

─ Vá embora, Carbonne. ─ Estava afectada. As palavras saíam trémulas e a lembrança do sonho que tivera ainda era muito clara. ─ Se não vai me castigar por conta do meu atrevimento, então vá.

Guns N'Cigarettes [DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora