Capítulo 28- ROSEMARY

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Rosemary estava feliz com a nova vida. Estava em casa sozinha, tinha dinheiro suficiente para viver em paz o resto de sua vida, não precisaria mais ir de país em país, de lugar em lugar com seu marido, aliás ex-marido, que se transformara num pregador itinerante. Para que servia uma casa confortável se não podia desfrutá-la? Para que ter dinheiro se não podiam viajar, tirar férias, passear em algum lugar. Agora lembrara que mesmo de férias seu marido aceitava convites para pregar. Para ele a vida era aquilo e nada mais.

Agora estava feliz. Com os rendimentos dos aluguéis no Brasil conseguiria se manter, com o dinheiro que ganhara, mas o que resolvera se apropriar nas contas do marido, ela ficaria bem. Assim que chegara fora aos bancos e transferira todo dinheiro que possuíam, que era uma boa quantidade, e colocara em uma conta individual que abrira. Serviria de pagamento pelos anos acompanhando-o pelo mundo. Merecia alguma compensação.

Estava se preparando para ir em uma excursão com algumas amigas para a Califórnia. Seu sonho era ficar alguns dias na costa Oeste. Bem, esse dia chegara finalmente. Enquanto arrumava as malas pensava em como sua vida dera uma reviravolta, e para melhor.

Depois de ver seus filhos e contar-lhes a novidade, se sentia livre para fazer o que bem entendia. A mais nova não aceitara a situação. Achava errado a mãe se apropriar dos bens que eram de ambos, e ainda comunicar o que havia feito através de um e-mail sem nenhum sentimento. Tentara demovê-la, mas fora em vão. Sua filha não entendia nada da vida.

Depois soubera que o marido não reclamara sobre o dinheiro. Não dissera nada quando afirmou que ficaria com a casa. Ele sempre a surpreendia. Devia ser porque acreditava tanto que o Mestre estava voltando, que nem mais se importava com os bens materiais. Preparara o pedido de divórcio, os papéis foram deixados com um dos filhos. Assim que ele voltasse, ela estaria livre para sempre dele.

Um carro buzinou na frente de sua casa. Era Lory, sua amiga que também iria com ela. "Maravilha! Está tudo dando certo. Vamos chegar cedo a tempo de ainda comprar algumas coisas nos shoppings do aeroporto."

Desceu correndo, as malas prontas foram colocadas no carro e estavam realmente felizes. Seriam quatro as que viajariam. Todas quatro divorciadas, ou quase como Rosemary, teriam muito o que conversar no caminho.

Elas não sabem o que as aguardam. Disse um dos guardiões, infelizmente nenhuma mais ouvia a voz deles. Embora pelas orações do Pr. George fossem enviados anjos para acompanhar Rosemary, ela não queria ouvi-los, um só pode intervir se for ouvido. Quando o ser humano decide se afastar do Criador, e viver por conta própria, uma guardião nada pode fazer. Por insistência do Pr. George eles intervinham para que nenhum ofensor tentasse matá-la, pois o Mestre não dera permissão para isto.

"Ah se os humanos soubessem! Se pudessem ver a guerra que enfrentamos ao redor deles. Se Rosemary soubesse que seu tempo está acabando, mas infelizmente ela não sabe e não saberá."

Os ofensores podiam ver que havia algo para acontecer em breve, pois anjos guardiões iam e vinham. Todos pareciam muito ocupados. Mais aflitos ficavam para decidir o caso de Rosemary. Precisavam acabar com ela.

Rosemary e suas amigas desembarcaram no aeroporto suas malas e seguiram para o Check-in. Rosemary sentiu-se estranha, uma estranha sensação de que algo estava errado se apoderou dela. " Não entre neste avião" Foi tudo o que seu Guardião conseguiu sussurar-lhe. "Como assim?" Parou e olhou em volta. Não havia ninguém.

"Os humanos são as criaturas racionais mais frágeis de todo o Universo do Criador, no entanto, vivem como se fossem indestrutíveis." Comentou um Guardião.

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