Capítulo 33 - JONATHAN

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 Jonathan não estava de todo sem consciência, por algum motivo estava ouvindo vozes longínquas e conseguira identificar que ali, com ele, estava Karen, sentia-se mal, tinha medo, mas ao mesmo tempo estava feliz por ter alguém com ele. Devia ser algum traumatismo craniano, parece que era isso que ouvira, ou fora seus sonhos? Não conseguia se mexer, não conseguia ver, o que acontecera? Somente se lembrava de ter havido um terremoto, havia combinado em estudar com Karen e com as pessoas do restaurante, e depois não lembrava mais de nada. Porque não se mexia? Porque não podia abrir os olhos?

Sozinho naquele mundo escuro começou a orar. Todas suas lembranças apareciam misturadas, os sermões pregados, as pessoas com que m estudara, sua vida no caminhão, tudo junto em sua mente como um aluvião de memórias trazidas por uma correnteza. Vinha ao mesmo tempo as memórias de quando era pastor, e vestido de terno se via no caminhão dirigindo sozinho, lembrava que estudava com as pessoas, e se via no restaurante com muitas pessoas sem que pudesse falar nada. No fundo de suas memórias foi se estabelecendo um desejo. O de querer voltar a pregar. Queria falar sobre a última advertência, que estava sendo proclamada naquele momento. Assim passou a se ver pregando por todos os lugares, levando muita alegria as pessoas.

Um dia ouviu que algumas mulheres estavam no quarto e queriam orar, sentiu-se feliz por isso, apesar de não serem do Caminho, acreditava que elas poderiam ajudá-lo. Mas se enganou. Quando começaram a orar, sapatear, falando em línguas, sentiu uma grande opressão em seu peito, parecendo que alguém queria sufocar-lhe. Uma delas então pegou suas mãos, sentiu medo e pois-se a orar:" Meu Deus me ajude" Não quero ser curado por estas entidades." Eu sei que não é tua obra me livra disto Senhor". Fora ele quem não tivera a fé suficiente para não ser curado. " Graças a Deus" pensara, que nada me aconteceu.

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Muitos anjos ocupavam o quarto naquele dia. Ainda não tinham autorização para curá-lo, todos vinham em resposta a orações que eram feitas por ele, mas havia um problema. Ali também estavam muitos ofensores. O chefe dos ofensores local Rusk havia convocado seu chefe Abadom, e a sua presença maligna era sentida no quarto. De certo haveria uma batalha! Eles não iriam ceder nem um milímetro naquela guerra. Jey estava preocupado. Não gostava daquelas lutas, principalmente com seus antigos amigos, mas precisava lutar e vencer, pois aquele homem ali inerte ainda tinha uma missão a cumprir.

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Jonathan estava admirado com o cuidado que Karen tinha com ele. Sentia suas mãos pequenas o virando de um lado para o outro, massageando suas costas. Que estranho, parecia que eles já se conheciam há muito tempo. De uns tempos para cá notara que ela pegava sua mão e orava com ele, cantava alguns hinos, depois conversava baixinho com ele sussurrava em seu ouvido, e ele escutava, as palavras as vezes o confundia, só que ela não sabia disto. Agora a conhecia muito. Sabia seus sonhos e frustrações e conhecia que ela o amava, e dentro de sua mente aquela mulher foi se tornando algo real, como se sempre fizesse parte da sua vida.

Ali estava uma mulher diferente: que não o conhecia, a quem ele não tratara bem, mas que estava disposta a cuidar dele e estar ao seu lado quando ele mais precisava. Era uma companheira ideal, mas infelizmente não poderia ter esperanças de ter nenhum relacionamento com ninguém.

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" Este homem não pode ficar bom, e se ficar poderá influenciá-la, e destruirá nossos planos, irá mostrar a Karen e a outros o Caminho, e pior, muitos o seguirão". Eles queriam destruí-lo, mas os anjos guardiões estavam organizados para não permitir que os ofensores se aproximassem.

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