Capítulo 23- ROSEMARY

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No início Rosemary se sentiu culpada por ter deixado o esposo, mas logo esqueceu do ocorrido.  Fizera uma correção nas pálpebras, e planejava fazer mais coisas. Estava muito bonita, com uma plástica invejável. O dinheiro que seu pai lhe deixara dava para viver muito bem, e ela sabia o que queria. Tinha muitas amigas que antes não podia dar muita atenção, por causa das viagens do marido, agora estava à vontade para fazer o que bem quisesse.

Desde o grande terremoto no leste dos Estados Unidos que muita coisa mudara no país. Estavam vivendo sob uma lei marcial. Algumas doenças estavam destruindo algumas cidades. O chefes da nação escondiam isso, mas com a internet todos sabiam. O governo estava obrigando as pessoas implantarem um chip na mão para controle, haviam muitos imigrantes ilegais entrando no país. Temiam um ataque terrorista.

Quem estivesse sem o chip não poderia ser atendido nem em banco, nem em hospital ou ter acesso a qualquer serviço público, o chip continha informações importantes como tipo sanguíneo, e documentos provando que a pessoa era moradora legal no país.Ele também podia localizar as pessoas perdidas, e uma vez implantados nunca poderiam ser retirados, diziam que havia algo químico dentro deles alguma coisa que poderia causar transtornos e até a morte. Ela não sabia se era verdade no entanto aquela informação, ou se era apenas para amedrontarem a população aqueles boatos.

No dia seguinte ao de sua chegada foi implantar o seu. Muitos americanos acreditavam que este era o famigerado "sinal da besta" e se recusavam a fazê-lo. Ligou para os filhos e convidou-os a virem almoçar com ela.

Os filhos vieram e estranharam a mudança da mãe. Ainda estava com vestígio da pequena cirurgia plástica que acertava o contorno dos olhos, e parecia mais feliz. Ela não esperou que perguntassem, foi logo explicando o que havia acontecido no Brasil, pois percebera que o pai não havia contado. A filha mais velha foi totalmente a favor dela, realmente o pai andava muito fanático. Os três mais novos contestaram a mãe, disseram que estavam decepcionados com ela. A caçula sabia com certeza que naquele momento o pai devia estar sofrendo muito.

Rosemary não se abalou. Era o que queria. Conversaram sobre outras coisas, entregou-lhes várias lembranças que trouxera do Brasil e no final da tarde eles foram embora. Perguntou se os filhos haviam colocado o Chip, somente a mais nova se negara a fazê-lo. Apesar de não acreditar que era o sinal do Perseguidor, ela não gostava da idéia do governo saber o tempo inteiro o local onde ela estaria.

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Dara, o ofensor de Rosemary estava planejando algo. Era bem verdade que não fora difícil trabalhar com Rosemary, mas o tempo estava acabando, precisava destruí-la antes que pudesse se arrepender. Algumas calamidades estavam destinadas para aquele país, então era só ajeitar as coisas para que ela estivesse no lugar certo na hora certa.

Um anjo poderoso acabara de chegar,  era a resposta das orações de seu esposo. Outros  chegaram devagar,  mas  infelizmente não tinham acesso  a mente dela.  Muitos anjos maus acompanhavam Rosemary para todos os lados. Suas escolhas não permitiam que os guardiões enviados fizessem algo por ela. Por mais que o Pastor George se empenhasse em orar, os anjos nada podiam fazer.

Ficariam ali, no entanto, esperando uma oportunidade. Quem sabe que no seu coração ela pudesse lembrar do Criador apenas mais uma vez?

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