Vinte e dois - Jax

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Olhei diretamente nos olhos de Alice

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Olhei diretamente nos olhos de Alice.

– Pegue o gato e vá para o porão da hospedaria.

Ela estava olhando para o gato, petrificada, o rosto completamente pálido.

– Alice! – grunhi. Ela pulou no lugar e uma lágrima se desprendeu de seus olhos. – Porão. Agora.

– Jax...

– Você não vai ajudar ficando aqui. Aliás, todo mundo precisa sair.

Ela fez aquela cara de quem está pouco impressionada que sempre fazia quando ia reclamar de alguma coisa que eu tinha acabado de dizer.

– E você pretende enfrentar um exército sozinho?

Saindo assim da boca de Alice parecia realmente uma ideia bastante estúpida. Mas era aquilo ou ter um exército inteiro destruindo aquele pedaço das Terras Não-Clamadas.

Preferi não fazer esse observação.

– Alice, pegue o gato e vá para o porão. Minha mãe vai ajudar vocês.

Ela deu um soco no chão, um soco que pareceu bastante forte. Seus dentes estavam trincados quando ela grunhiu.

– Isso não tem a menor graça, Jax Trent. Eu vou ficar aqui com você. Sou eu quem o Quentin quer, não você. Ele só pegou o Sebastian por causa de mim.

Respirei fundo. Ela tinha razão, mas eu também não ia fazer aquele observação.

– Eu posso te carregar nos ombros se você não for por vontade própria.

Ela estreitou os olhos.

– Essa não é uma ameaça eficiente, Jax.

– Alice, por favor.

– Jax, eu já falei que... –

Algo soou ao longe. Um som que eu reconheceria em qualquer lugar e que fez cada osso do meu corpo se transformar em gelo.

Um trombeta de guerra.

O exército de Quentin.

Alice pegou o gato com cuidado e começou a murmurar coisas para ele que eu não conseguia ouvir. Depois, entregou-o para minha mãe.

– Cuide dele, Sra. Trent. – disse ela com a voz firme, muito mais firme que a minha caso eu me atrevesse a falar alguma coisa. Então voltou para o meu lado. – Eu não vou sair daqui, não importa o que você diga. Você precisa parar com essa necessidade de ser o macho alfa.

Trinquei os dentes e quase mordi a língua.

– Se ele fizer alguma coisa com você...

– Ele não vai fazer alguma coisa comigo. – ela me puxou para mais perto pela camisa, depois beijou minha boca. – Porque eu não vou deixar.

Coração de vidro [FINALIZADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora