Epílogo

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Tanto tempo, tanto empenho para nada

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Tanto tempo, tanto empenho para nada.

Não sei porque imaginei que quando a maldição se quebrasse eu me manteria permanentemente humano. Foi estúpido achar que alguma coisa poderia dar certo para mim, é claro, mas enquanto Ludo estava ali, criando todo aquele caos e explodindo todas aquelas esferas, eu meio que... acreditei.

Aliás, onde será que ele estava? Só esperava que não tivesse quebrado o nariz dele nem nada assim, ou nosso próximo encontro não seria exatamente agradável. Quer dizer, eu tinha visto o que ele era capaz de fazer com aquela varinha de condão.

Respirei fundo, caminhando pelo lado da estrada. De volta à minha forma de gato, eu podia ouvir a música que ainda vinha do castelo dos Trent, mas o único efeito que aquilo tinha em mim era me deixar ainda mais miserável.

Continuei a andar e andar, até perder a noção do tempo e o céu ficar escuro. Minhas patas já estavam doendo e meu estômago já estava roncando, quando ouvi uma carruagem se aproximando. Eu não sabia de quem era, nem para onde estava indo, só que era para a direção oposta dos Trent e era exatamente isso que eu queria.

Corri para a árvore mais próxima e me sentei em um dos galhos, esperando que ela passasse por mim e me joguei no teto, determinado a pegar uma carona para onde quer que eles estivessem indo.

Cansado, me deitei e me enrolei, finalmente pronto para dormir um pouco. Antes de adormecer, ainda consegui ouvir as pessoas de dentro da carruagem reclamando sobre alguma coisa. Exausto como estava, demorei um pouco para entender sobre o que estavam falando.

Uma voz masculina estava se lamentando por um sapato perdido.

Coração de vidro [FINALIZADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora