Sentimento de Abandono

7.8K 774 237
                                    

Penúltimo Capitulo...
Aquietem os corações que ainda tem segunda temporada.

...

Park Jimin

Vê a minha melhor amiga em uma cama de hospital não fazia parte das coisas que eu queria fazer quando ela viesse para a coreia. Fazia alguns dias que revessávamos, Jin e Namjoon haviam acabado de sair para que pudessem comer algo, tomar banho e descansar e eu e o Kookie ficamos aqui no hospital, ele não sairia das minhas vistas por um longo tempo.

- Hyung - ouvi Jungkook me chamar de forma manhosa.

- Oi Kookie - me virei para ele.

Fui surpreendido por um abraço, o garoto tremeu em meus braços me fazendo notar que o mesmo chorava.

- O que houve, Kookie? - perguntei.

- Eu só machuco as pessoas que eu gosto - disse.

- Por que está falando isso? - perguntei confuso.

Me afastei e limpei as lagrimas do seu rosto.

- A Noona morreu e a última coisa que eu disse a ela foi que a odeio - contou - E a Tammy sofreu um acidente para me salvar.

- Ei, nenhuma das duas iria querer ver você triste - afirmei ao perceber que a realidade havia chegado até ele - Sua irmã sabia que você só havia dito isso em um momento de raiva, se você quiser podemos ir para Busan para ver o tumulo dela.

- Você vai comigo? - perguntou baixo.

- É claro que sim - afirmei - Eu amo você e não vou te largar tão cedo.

O mesmo arregalou os olhos e eu segui sua ação assim que notei o que havia falado, agora não havia mais escapatórias.

- Olha, eu não espero que retribua meus sentimentos, mas desde que nos esbarramos no colégio eu senti algo diferente por você, no começo foi a proteção, você a maioria das vezes parece muito uma criança imperativa, mas também tímida - segurei o sorriso que queria escapar ao me lembrar de momentos com ele - Logo eu já não gostava que as pessoas se aproximassem demais de você. É um velho clichê.

- Eu também te amo, Jiminie hyung - disse e sorriu.

Seu sorriso mostrava seus dentinhos de coelho, era um sorriso tão infantil, mas eu não me via sem ser o causador deles. Me surpreendi quando o mesmo agarrou minha nuca e me beijou.

Um arrepio me atingiu quando seus lábios atingiram o meu e logo eu me foquei apenas no beijo que se iniciou quando ele pediu passagem para minha boca e eu concedi. Nos separamos depois de um tempo por falta de ar.

- Eu esperei tanto tempo para ouvi isso - confessou - Eu passei tanto tempo te olhando escondido, apenas para ver o seu sorriso, aquele que faz seus olhos sumirem, eu não sabia seu nome, nem nada, mas eu gostava de sentar perto de onde você estava apenas para observar você. Sou um stalker praticamente. Lembra quando eu cantei Dear No One na escola? - assenti - Foi porque eu soube que era uma das suas preferidas, achei que fosse uma forma de liberar o peso em meu coração se eu me declarasse, mesmo que você não soubesse.

- Você me fez desejar ser a pessoa da música, sem saber que de fato eu era ela - contei sorrindo e ele retribuiu.

- Obrigado por esperarem eu acordar para se declarar - ouvi a voz da Tammy me fazendo pular de susto - O que estou fazendo em um hospital?

Olhei para a garota na cama e sorri.

- Que bom que acordou - disse - Você foi atropelada.

A mesma arregalou os olhos, talvez lembrando o que aconteceu.

- É o meu bebê? - perguntou aflita - Ele está bem não é?

Percebi que a mesma estava ficando nervosa, então caminhei rapidamente até sua cama.

- Calma, Tammy - pedi - Você não pode se alterar, isso fara mal ao bebê.

- Então ele está bem, né?

- Sim - suspirei - Mas sua gravidez agora é de risco. Quer nos contar quem é o pai?

- Eu cair no truque mais clichê que o modo como vocês se apaixonaram - ela riu desanimada - Eu jurei a mim mesma que não cairia nesse maldito truque nunca e aqui estou eu, gravida e solteira, minha vida é mesmo uma mare de azar.

Eu entendi o que ela queria dizer, ela estava sofrendo as consequências de uma aposta feita por um garoto infantil que gostou de brincar com os sentimentos da aluna nova.

- Eu sinto muito, Tammy - disse.

- Não sinta - sorriu fraco - Por mais que eu tenha sido tola, talvez este tenha sido meu sinal de pare. Acho que chegou minha hora de voltar para casa.

É por fim, aquele sentimento de abandono me atingiu.

O PlanoOnde histórias criam vida. Descubra agora