- Você os matou? - Perguntei.
- Não, mas digamos que eles levaram alguns golpes dolorosos, e Gigi gritando toda insuportável... Porra... Não pude nem me satisfazer, Perrie. Que caralho você também. Acho que esse trabalho vai ficar para você.
- Você acha mesmo que é simples assim?
- Acho. - Ele disse sentando na cadeira giratória que havia em minha escrivaninha e dando um giro de 360 graus.
- Mas não é, Malik. Você não vai simplesmente sair da casa daquela vagabunda e só porque não conseguiu chegar ao ápice, até porque pegaram vocês... - Eu ri debochada. - Não quer dizer que você possa vir e simplesmente achar que vai estalar os dedos e eu vou estar te dando prazer.
- Se você não tivesse contado para o papai dela... Eu não estaria aqui.
- E se eu disser que eu não contei... Você vai embora? - Perguntei.
- Não. - Ele disse me encarando.
- Então, Malik... Mesmo que a transa de vocês tivesse ido até o final, você estaria aqui... - Falei implicante.
- Estaria? E por quê?
- Porque seu corpo clama meu nome. - Falei e Zayn deu uma gargalhada que poderia ter acordado meu pai e me fodido mais do que Jennifer.
- Você é uma iludida. - Ele disse.
- Não, não. Apenas realista. - Ficamos quietos por algum tempo, até que Zayn levantou e veio até mim, sentando ao meu lado na cama.
- Você sabia... - Ele sussurrava em meu ouvido, seu hálito quente indo em encontro com a minha pele. - que mesmo eu não tendo chegado ao ápice, Jennifer foi melhor que você. - Ele disse aquilo só para me atingir, mas eu entendi a brincadeira.
- Não mente, Malik...
- Mas é verdade, a garota é boa... Profissional e tal.
- Não tão boa quanto eu. - Falei sentando em seu colo, eu o provocaria até o fim, mas não transaríamos, eu não seria idiota. Não dessa vez.
- Será? - Ele perguntou. - Me mostre. - Zayn desafiou.
- Já te mostrei. - Falei simples e saindo de seu colo, Zayn ficou sem entender.
- Como assim?
- Você já está completamente duro, e olha que eu nem fiz muita coisa. - Falei e dei uma piscadinha para ele. - Agora vá embora, já está tarde e eu quero dormir...
- Vai brincando, Perrie... - Ele disse com aquela sua voz rouca.
- Sem brincadeiras aqui. - Eu disse o empurrando de volta para a sacada.
- Eu poderia aparecer para o seu pai, quem sabe... Aí você e Gigir estariam Kits. O que você acha? - Ele era um puto chantagista, mas eu não deixaria ele sair por cima na história, como sempre. - Até onde eu sei, ele está em casa, não? - Ele disse mudando sua direção e indo até a porta.
- Aparece, Malik... Aparece pra ele. - Falei cruzando os braços, achando que ele não abriria a porta, mas ele abriu. Droga. - Zayn, você não vai fazer isso. - Falei.
- A porta do quarto dele é aquela né? - Ele disse apontando e era a porta certa.
- Volta aqui. - Tentava falar o mais baixo possível.
- Só se você me aliviar. - Ele disse.
- Não, eu não vou ser idiota, Malik. - Falei quase chorando de raiva.
- Vai chorar, Pez? Não chora não. - Ele ironizou. - Só depois que eu me apresentar para seu pai, eu quero conhecê-lo, ele dever ser um homem bom. Ele gosta de gangsters? - Saí correndo e o puxei novamente para dentro do meu quarto e tranquei a porta.
- Não faça isso, Malik, por favor. - Pedi, mas ele não deu a mínima, me empurrou e abriu a porta novamente.
- Não faça isso o que? - Ele gritou no corredor. Merda, porra, droga. Eu estava muito ferrada. Ouvi o barulho de porta se abrindo, era meu pai saindo de seu quarto. Fechei os olhos nem querendo ver no que isso ia dar e quando abri, Zayn havia entrado novamente para o meu quarto e fechado a porta, meu pai bateu na mesma. Olhei rapidamente para Zayn e ele estava rindo malicioso... - Quer saber? Acho que só Gigi vai se ferrar mesmo. - Ele piscou para mim. - Eu ainda quero você viva, bem viva... - Ele foi para a sacada, deu um jeito de pular e sumiu. Senti aquele alívio infinito. Abri a porta para meu pai.
- Tudo bem? Ouvi vozes no corredor...
- Desculpa ter te acordado, foi sem querer eu juro, me empolguei com a musica...
- A voz era mais grossa que a sua. - Ele disse desconfiado.
- O cantor era homem, então imitei o grave dele. - Ri e acho que meu pai havia engolido essa.
- Ok, sem mais cantarias, vá dormir. Boa noite. - Ele disse saindo e enfim eu pude respirar direito
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