The Selection - Shawn Mendes (EM REVISÃO)

Capítulo 25

Emma

— DEUS SALVE A RAINHA! — grita antes de enfiar a mão na boca, e fazer uma reverencia.

Pela milésima vez essa cena se repetia na minha cabeça. Já fazia oito dias, oito dias inteiros desde que Harriet havia morrido. Depois do ataque grande parte das Selecionadas abandonou a Seleção, isso porque a maioria tinha pais que estavam presentes no baile, e infelizmente alguns foram mortos. Agora estamos em menor numero 10 Selecionadas apenas. O reino decretou sete dias de luto pelo país inteiro.

DEUS SALVE A RAINHA!

Isso não era para estar me incomodando tanto, mas infelizmente sim. Por que Harriet falaria isso? Mesmo sendo minha secretaria pessoal ela nunca foi fã desse negocio de Seleção... Sinceramente eu não sei o que pensar, ainda é um pouco difícil de acreditar que ela se foi. Que nas próximas etapas da Seleção ela não estará comigo, que sempre que eu quiser mandar alguma informação para a revolução ela... Não consigo mais completar o pensamento.

Não sei mais o que fazer, ou de que lado estou. Tanto Shawn quanto a revolução foram culpados. E nenhum dos dois lados se mostrou tocado com que aconteceu, para a revolução Harriet era uma boa pessoa, mas que foi facilmente substituída. Para o palácio ela foi uma traidora e assassina e mereceu o que fez.

Shawn veio falar comigo na mesma noite em que tudo aconteceu, mas eu sequer o ouvi. Sei qual o pensamento dele, ele assim como os outros de onde ele vem pensam na Harriet como uma traidora.

Que hipócrita eu sou! A culpa disso foi minha. Eu poderia ter ajudado ela, ter ajudado ela fugir. Mas não, quando foi capturada a única coisa que pensei foi em mim mesma e em como acabaria se ela resolvesse contar. No fim eu queria muito que tivesse acontecido, onde eu estaria agora se ela realmente contasse quem eu sou? Garanto que não estaria aqui mais uma vez em meu quarto olhando para os muros do palácio.

Claro que não Emma você estaria morta!

Mal concluo esse pensamento e alguém bate a porta. Quando abre Shawn está parado na minha frente naquele visual bagunçado que eu amo.

— Emma. — ele suspira e olha no fundo dos meus olhos como se fosse um predador mortal que estivesse enfeitiçando a vitima.

E pelo que percebi, eu era a vitima.

Antes que eu tenha tempo de pensar ou correr, ele avança em minha direção. Suas mãos em meu rosto, todo ar é sugado dos meus pulmões, e no momento em que tento respirar novamente, ele cobre minha boca com a dele.

Neste momento tudo explode. Meu corpo e minha mente se entorpecem. Se não fosse pela pulseira de pedra silenciosa em meu pulso, tenho certeza que causaria uma queda de energia em todo palácio.

Seus lábios são exatamente como me lembro. Quentes e macios. Ele respira com força, e suas mãos me apertam, uma em minha bochecha e a outra em minha nuca me puxando para si. O seu calor me invade. Meu corpo pressionado contra o seu, minhas mãos em seu cabelo. Não sei de onde tiro forças, mas consigo separar nossos lábios.

— O que você está fazendo?

— Algo que eu queria ter feito desde a primeira vez em que te vi! — certo! Cadê o príncipe educado e tímido que eu conheço? — e sinceramente, não consigo tirar nosso ultimo beijo da cabeça.

— Ata, não foi esse em que eu quase morri?

Ele se inclina e beija minhas têmporas, seguido pela minha bochecha, então o mais próximo que consegue chegar da minha boca sem tocar meus lábios. O que esse príncipe está fazendo comigo?