The Selection - Shawn Mendes (EM REVISÃO)

Capítulo 2 ✅

Os pássaros cantavam no jardim da escola como se fosse inicio de primavera. Que ironia! O dia ser tão feliz, justo no pior dia da minha vida. Uma semana se passou desde o recebimento daquela maldita carta, minha vida que era um inferno, agora se tornou mil vezes pior.

Na escola, as pessoas só sabem falar dessa seleção, que é a novidade do século. Um príncipe reunir 35 garotas num palácio para competir entre si sobre quem é a mais digna de se tornar rainha... Como se não pudéssemos ajudar de outra forma, somos o que? Apenas garotas que vão se encaixar aos moldes de outras pessoas, odiando as outras garotas, desejando salvar a família de uma pobreza, lutando por um coroa enquanto outros lutam por mais um dia. A única forma de mostrar que olha para seu povo, a única forma de inserir a plebe, é com um casamento? Quer dizer, em que ano nós estamos? 

Além do mais, ninguém nunca ouviu uma notícia sequer sobre o príncipe, nunca em nenhuma proclamação real ele apareceu, nunca saiu uma nota sobre ele na impressa, ou no jornal oficial. Eles sempre usaram a desculpa de preservar a imagem do futuro rei principalmente contra "ameaças rebeldes". 

Nos meus pensamentos imagino ele sendo um adolescente mimado e egocêntrico que brinca de governar o maior império do mundo, e que quando rir faz um barulhinho de porco pelo nariz. Essa ideia me faz rir. 

— O que é tão engraçado, senhorita Schoemberg? —perguntou Mrs. Florence. —Poderia compartilhar com a turma?

— Acho melhor não! —a professora levantou as sobrancelhas e olhou fundo nos meus olhos.

Talvez tenha esquecido de mencionar que ela é uma murmuradora, ou seja, ela é capaz de ler a mente das pessoas, e controlá-las. Professores normalmente possuem carta branca em sala de aula para ensinar como querem. Segundo eles, isso nos prepara para o futuro.

—Levante-se. — ordena.

Um pouco desajustada, eu me levanto. Essa professora é considerada para muitos alunos como sendo uma tirana, seus métodos de ensino são um pouco criticados pelos pais. Ela volta a olhar fundo nos meus olhos, de repente, perco o controle do meu corpo. Minhas pernas se movem sozinhas e me levam até a mulher em minha frente. Quando estou no centro da sala, sinto uma forte dor na cabeça. Sinto vontade de gritar, mas até a minha voz estava sob seu controle. Eu podia sentir sua mão andando pela minha mente, lendo cada pensamento que tive durante toda minha vida. Em minha cabeça, o dia em que descobri que meu pai morreu se repete.

A cena muda, agora estou onde estava um minuto atrás. Imaginando como o príncipe seria. Algo além dos poderes de Mrs. Florence, desperta em mim. Não apenas raiva por isso estar acontecendo, mas outra coisa, algo como uma sensação de algo tentando despertar em mim. 

Esse foi o seu castigo, nunca mais faça isso na minha aula. Entendido? A voz da professora ecoa na minha cabeça. Ainda sem forças, tudo que consigo é acenar com a cabeça.

— Estão todos dispensados. —fala com aquela voz doce e irritante. Continuo imóvel no meu lugar. —ajudem ela.

Ouço o barulho dos seus saltos saindo da sala. Em seguida, sinto duas mãos tentarem me levantar. Tomás surge em minha frente, ele me carrega até a cadeira mais próxima. A dor na minha cabeça fica mil vezes pior. Uma luz explode, em seguida varias outras, os olhos castanhos de Tomás, são a única coisa que consigo me lembrar. Em seguida tudo fica escuro.

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Em todos meus dezessete anos, só fui à enfermaria duas vezes. Uma quando um animo, sem querer perdeu o controle sobre um elefante, e sem querer esse elefante causou um tumulto. O elefante ia esmagar nossa professora Mrs. Clark, mas eu tentei salvá-la - na época eu tinha a esperança de que meu poder fosse à força - acabou que eu quase fui esmagada, e resultado disso foi uma perna quebrada e uma contusão na cabeça. No fim das contas todos viram que eu era uma espécie de heroína, e por causa desse incidente anos mais tarde em uma assembléia foi decidido que mesmo eu não possuindo nenhum poder, eu ainda poderia continuar na escola.