The Selection - Shawn Mendes (EM REVISÃO)

Capítulo 30

Posso fingir um sorriso

Posso forçar uma risada

Posso dançar e interpretar o papel

Se for isso que você me pede

Te dar tudo que sou

Posso fazer isso

Human - Christina Perri

Audrey

Há noites, como esta em que eu não consigo dormir. A lembrança de seu rosto pálido, sem vida me atormenta até hoje... Mesmo tendo passado quase um ano. E que longo ano. Um ano sem a única pessoa no mundo com quem eu realmente me importei. Fecho meus olhos encostando a cabeça poltrona do salão principal, e deixo meus pensamentos me guiarem até ele... Daniel.

Ele era a única pessoa que viu através da mascara. Ele conhecia meu coração, e em nenhum momento ligou para o que eu era, ou de quem eu era filha. Nunca acreditei em amor, mas ouso dizer que com ele sempre foi tão fácil. Desde a primeira vez em que o vi foram como fogos de artifício em meu estomago. Quando nos beijamos pela primeira vez tudo se encaixou perfeitamente, foi como se eu tivesse finalmente encontrado meu outro lado. Seu amor alimentava meu corpo, e seus beijos aqueciam meu coração.

Era tudo tão perfeito, eu não me incomodava que sua família tinha uma posição inferior a minha. Eu simplesmente o amava e ambos estávamos dispostos a fugir juntos e viver longe de tudo isso. Mas como toda historia de amor, a nossa tinha um pequeno problema que nos impedia de ser feliz. Meu pai. Ele nunca apoiou nossa união, e por esse motivo que nós resolvemos fazer desse nosso pequeno segredo.

Meus pais eram próximos da realeza, por esse motivo eles ficaram sabendo antes do próprio príncipe sobre a Seleção. Nem preciso comentar que minha vida foi um inferno depois disso, eu passava maior parte do tempo treinando e exercitando meus poderes. Eu sou uma Girald, somos conhecidos pelo nosso nome e nosso poder. Uma família inteira de Magnetrons por esse motivo meu pai acha que eu devo me casar com o príncipe, por conta de seus poderes, e é claro o titulo. Minha mãe por outro lado acha que eu devo me casar com quem eu realmente amo.

Um dia eu fui idiota o bastante para contar para ela sobre Daniel, nesse período nós planejávamos fugir. Na noite em que ele morreu, eu havia saído do meu quarto para me encontrar com ele no nosso lugar preferido. Embaixo de uma cerejeira. Era ali que nos encontrávamos desde a primeira vez em que nos vimos.

Quando cheguei, o vi observando as estrelas. Daniel era um dobra ventos fascinado pelas estrelas. Andei sem fazer barulho e abracei sua cintura. Ele apoiou seu queixo em minha cabeça.

- Duvides que as estrelas sejam fogo, duvides que o sol se mova, duvides que a verdade seja mentira, mas não duvides jamais de que te amo. - falou citando um poema antigo.

Virei-me para encará-lo.

- O que isso significa? - ele continuava olhando para o céu.

- Que não importa o que aconteça, eu sempre vou te amar. Não me importa que seus pais não me achem digno de você, eu te amo e um título não vai me tirar isso. - e ele abaixou a cabeça para olhar cada parte do meu rosto.

- Também te amo.

Então os olhos dele se chocaram com os meus. Foi a primeira vez que me encarou tão intensamente e eu simplesmente não aguentei. Não era o lugar mais apropriado para uma primeira vez, mas eu não me importava. Com Daniel ao meu lado tudo era o mais perfeito possível. Pela primeira vez eu soube o que era ser amada de verdade, e soube o que era o amor. Sentimento no qual nunca pensei que fosse capaz de ter.