Alfonso estava esperando por Christopher, sentado tranqüilamente em sua confortável cadeira atrás da mesa de madeira de lei.— Que irmão leal eu tenho! — Christopher zombou.
— E que amante leal você é — Alfonso retrucou com ironia. — Eu não submeteria nem uma pessoa de quem não gosto ao que você submeteu Dul, na sexta á noite.
Observou, curioso, as faces de Christopher avermelharem-se de raiva.
— Dulce pode se cuidar sozinha, sem você precisar bancar o cavalheiro! Christopher replicou.
— Aposto que acabou de discutir com minha assistente pessoal, certo? — Alfonso conjecturou. — Agora, acha que pode me “pulverizar” também, não é?
— Não venha passar sermão em mim! Não, depois que me fez bancar o idiota neste final de semana, quantas vezes liguei para você?
— Oh, umas dez. Pena não ter deixado de telefonar para se pôr verdadeiramente em ação. Poderia ter pego Dulce entre as idas e vindas dela ao apartamento.
Christopher cruzou os braços e bufou, exasperado.
— Ah, vejo que Dulce apontou-lhe esse mesmo erro — Alfonso comentou com sarcasmo.
— Eu tinha outros compromissos. Ela sabia disso e, caso se importasse comigo, teria entendido.
— Como você entendeu como era humilhante para ela passar a noite ao lado de seu irmão, na festa de aniversário de Belinda?
— Oh, vá para o inferno! — Christopher exclamou, com raiva, passando a mão atrás do pescoço e acomodando-se numa cadeira. — Sabe como Belinda é sensível em relação a mim e a mãe. Tive de colocar os sentimentos dela em primeiro lugar.
— Então, por que convidou Dul?
— Por que ela aceitou o convite?
Alfonso praguejou baixinho, incrédulo e furioso.
— Seu canalha! — praguejou, levantando-se. — Se todos fingem que estão felizes, Christopher Uckermann fica com a consciência tranqüila. Realmente você é muito egoísta.
— Sabia como as coisas seriam, quando concordou em acompanhá-la.
— Concordei pelo bem dela, não pelo seu. Aconselhei-a a não ir, mas sabe o que ela disse? “Dessa vez, Poncho, ele ficará a meu lado, me mostrará a todos. Se ele realmente se importa comigo, vai ficar comigo na festa”.
Alfonso sentou-se novamente.
Christopher, então, saiu da sala exasperado. Alfonso apertou o botão do interfone.
— Venha aqui, Dulce, por favor — pediu num tom de voz formal.
Dulce seguiu para o escritório de Alfonso no mesmo instante.
— Sente-se.
Dulce sentou-se, esperando pelo pior.
— Ele a convenceu a reatar o namoro? — Alfonso indagou.
— Não!
— Não foi o que Christopher deu a entender.
— Seu irmão diz o que quer. Gosta de viver de ilusão.
Alfonso sorriu.
— E o que pretende fazer, quando ele vier buscá-la esta tarde? Sim, porque ele me disse que virá buscá-la esta tarde para você levar de volta suas coisas para o apartamento dele.
— Não vou a lugar nenhum com Christopher — respondeu firmemente.
— Tem certeza?
— Tenho.
— Então, não há por que não jantar comigo esta noite, certo?
Dulce franziu a testa, surpresa com o convite.
— Não preciso ser consolada — disse, com determinação. — E muito menos ser protegida de Christopher.
— Na verdade, vou jantar com Lou Saies, de Portsmouth, e sabemos o que esse encontro significa!
Lou Sales era um ex-engenheiro naval que, depois de se aposentar da Macinha, abrira sua própria companhia de engenharia naval, com financiamento dos Uckermann,
— 0k, eu irei.
— Encerre o trabalho uma hora mais cedo, à tarde — Alfonso declarou. — Pego você às sete — ele informou.
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Escrava do amor
FanfictionEssa fanfic não é minha, é uma adaptação vondy. Espero ter gostem. Dulce sabia que o primeiro casamento de Christopher deixara cicatrizes profundas, mas ele ainda gastava boa parte de seu tempo com a ex-esposa e a filha mimada. Se Dulce quisesse um...