9

433 26 0
                                    


Mais tarde, quando chegaram ao hotel, Christopher acompanhou Dulce até sua suíte. Ela ignorou-o, abriu a porta e entrou, mas não teve tempo para impedi-lo de segui-la.

Ele entrou também e caminhou até o centro da sala, parando ao lado da mesinha de centro.

— Onde está a pasta com os relatórios das reuniões com Franc Brunner? — indagou.

— Tranquei-a na maleta — Dulce respondeu surpresa com a pergunta.

— Pegue-a para mim, por favor.

Confusa, ela foi ao quarto e pegou a maleta, voltando em seguida.

— Pensei que tinha dito que não ia se envolver nesse assunto — comentou.

— As coisas mudaram. Nenhum de nós vai se envolver nessa negociação.

— Como assim?

— É simples. Não estaremos disponíveis para conversas, reuniões ou qualquer coisa no gênero, nos próximos dias.

— Mas tenho uma reunião marcada com o Sr. Brunner amanhã, e Christian...

— Cancele. Cancele tudo. Ou melhor, peça para a recepção cancelar por você. Não quero que tenha nenhum contato com Christian Chávez ou Franc Brunner.

— Mas Christian está do nosso lado, Christopher. Por que acha...

— Christian Chávez com certeza não está do nosso lado, Srta. Saviñón. Christian Chávez só está do lado dele mesmo. Ele quer conseguir o mais que puder de nós, antes que o Sr. Brunner assine o contrato. Poncho e Christian são amigos desde o tempo do colegial.

Christopher passou a mão nos cabelos, interrompendo-se por um instante. Então, prosseguiu:

— Poncho e Christian são amigos desde a universidade. Quando Brunner entrou em contato com nossa empresa, Poncho pediu a Christian que checasse a reputação do homem corno empresário. Christian logo viu que teria muito a ganhar, jogando dos dois lados.

— Está dizendo que Christian Chávez está usando a amizade com Poncho para obter lucros?

Christopher moveu a cabeça afirmativamente e começou a folhear os papéis que Dulce entregara-lhe.

— A primeira regra de sobrevivência no mundo dos negócios é nunca confiar em ninguém, nem nos amigos - instruiu. — Poncho sabe disso, mas deve ter se esquecido da regra, ao lidar com Christian.

Dulce sentou-se numa poltrona, tentando descobrir como Christopher chegara àquela conclusão, tão rápido.

— Não vejo como pode saber de tudo isso com tanta certeza — murmurou.

— Fácil. Ontem à noite fui ao apartamento de Poncho para brigar com ele por tentar conquistar você e.. Enquanto Poncho falava sobre você, demonstrou preocupação com os negócios com Franc Brunner, consciente da confusão que criou.

— Então, você veio aqui para ajeitar a situação?

— Claro.

— E se recusa a me deixar ajudar! Christopher, por que vim para cá, então?

Ele a observou.

— Para ser minha assistente — brincou. — Algo a dizer esse respeito, srta. Saviñón?

— Depende. Estou falando com o patrão ou com o homem com quem dividia a cama?

— Com o homem com quem divide a cama, querida — Christopher disse, dando ênfase ao tempo presente. — Com seu namorado.

— Você não passa de um inescrupuloso!

— Inescrupuloso? O que fiz, para ser chamado assim?

— Trouxe sua ex-namorada aqui, apenas para ver se consegue reatar um relacionamento do jeito que você quer.

— Você acha mesmo, Dulce?

— Não chegue perto de mim! — ela gritou, levantando-se, vendo-o caminhar em sua direção.

— Por que não?

— Porque é muito seguro de si em relação aos seus propósitos.

— Seguro bastante para fazê-la sentir-se maravilhosamente bem, se me der uma chance — ele disse, pousando as mãos na cintura delicada. — Que tal três dias de minha completa atenção, brincando de turista, enquanto descobrimos a verdadeira intenção de Franc Brunner?

— Com que propósito? — Dulce indagou, sabendo muito bem que Christopher não sugeriria nada, sem segundos intenções.

— Com o propósito de apreciarmos a companhia um do outro, claro — ele declarou, apertando-a contra si. —Não seria gostoso, Coelhinha? Três dias de minha completa atenção.

— Achei que tivesse orgulho, mas fica correndo atrás de mulheres — ela falou, embora estivesse adorando o contato do corpo dele.

— O que é meu orgulho, perto... disso? — ele indagou.

Beijou-a com suavidade e carinho. Ela adorou a sensação de prazer que percorreu seu corpo. Deixou escapar um gemido, querendo odiar Christopher, mas sabendo que não podia. Num ato de rendição, envolveu o pescoço largo com os braços.

— Diga que me quer — ele murmurou.

— Oh! — ela sussurrou, detestando-se por deixar-se levar pelos carinhos dele. — Eu te quero, Christopher Uckermann. — Que inferno! Eu te quero!

Christopher ergueu-a nos braços e carregou-a para o quarto. Tirou as roupas dela com rapidez, beijando-a por todo o cor nu. Dulce tirou-lhe o paletó, a gravata e a camisa, deslizo as mãos pelos braços musculosos, pelo peito poderoso...

De repente, a sanidade soprou em seus ouvidos, alertando-a para o que estava prestes a fazer.

— Christopher... — murmurou.

Mas ele se deitou sobre ela, movimentando-se sedutoramente.

— Você me quer, eu quero você — sussurrou. — Somos loucos um pelo outro. — Acariciou-a entre as coxas.— Vê? Seu corpo está clamando por mim. Quer sentir meus lábios em seus seios, beijando-os, sugando os mamilos...

Dulce gemeu e Christopher baixou a cabeça, correndo a língua por um dos seios redondos. Ela pousou as mãos na cabeça dele, segurando-o, e inclinou a cabeça para trás, prestes a perder o controle.

Christopher sentiu-se triunfante, pois sabia o poder de sedução que tinha sobre ela. Mas também começava a render-se, pois sua respiração estava ofegante, e o coração batia descompassado.

— Minha, minha mulher, escutou?murmurou. — Minha e de mais ninguém. De mais ninguém!

Beijou-a com ardor. Dulce arranhou o peito amplo de leve, fazendo Christopher gemer de prazer, depois massageou os ombros largos e as costas musculosas. Ele sugou-lhe os mamilos eretos, um de cada vez, enquanto afagava o ponto sensível entre as coxas macias.

— O que você quer? — perguntou. acabando de despir-se.

— Quero você!

Dulce tentou beijá-lo, mas Christopher afastou a cabeça, como se estivesse provocando-a.

— Por favor, Christopher, por favor!

— De hoje em diante... sempre vai me querer?

— Sempre! — Dulce gritou, tão em estado de êxtase que nem pensou no que estava dizendo, ou mesmo no que ele estava lhe perguntando.— Para sempre. Eu te amo, sabe disso.

De inicio, fizeram amor bem devagar, mas o ritmo tornou-se cada vez mais intenso, excitante, delirante, até que ambos chegaram ao clímax. Os gemidos descontrolados subiram juntos no ar.

Escrava do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora