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Tudo estava como da primeira vez. Tudo parecia estar acontecendo de novo, mas dessa vez, o segundo enterro, parecia pior. O cheiro fúnebre, o choro, as caras tristes, as famílias em prantos, tudo estava mais intenso. Por que aquilo tinha que acontecer novamente? Por que tinha que perder pessoas que amava mais uma vez? O que tinha de errado com ela? Por que o jogo a rodeava?
Dessa vez, ela não deixaria assim. Ela não podia permitir que isso acontecesse uma terceira vez. Chegou a hora dela por um ponto final nessa história. Ela tinha que fazer isso parar. E para fazer tudo isso parar, ela tinha que entender o que estava acontecendo. Ela precisava entender o porquê. O porquê de ser ela. O que ela tinha de especial, ou talvez, o que a amaldiçoava? O que aconteceu, o que ela fez, ou seja lá o que for, por que tudo tinha a ver com ela? Para descobrir todas essas respostas, Patrícia precisava ir até a fonte. Precisava escutar sobre o passado para entender o presente. Ela precisa ir até ele, o assassino que agora se encontra preso, desde o primeiro jogo no Lago Garner.
Estava decidido.
Ela ia se encontrar com o assassino da seita.
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Alguns meses depois....
Não foi tão difícil para Patrícia conseguir uma visita com o assassino. Difícil mesmo era passar por aquela porta. Ela estava de frente para a porta que dava acesso a sala em que o assassino estava. Ela não o via desde o dia do Lago Garner. Ela estava com medo. Sim, apesar das algemas e dos policiais em volta, ela sentia medo. Mas ela não deixou o medo tomar conta de seu corpo. Ela deixou que a raiva abrisse a porta. A raiva que ela sentia por aquele cara ter matado pessoas próximas a ela, por ter ajudado Fred a matar mais pessoas que ela amava. Ela estava farta disso tudo. Ela precisava dar um basta.
Assim que ela abriu a porta, ela o viu.
Ele estava ali, sentado na cadeira. Não moveu um músculo sequer. Parecia uma estátua de pedra, grande e igualmente fria.
Os policiais a escoltaram até a cadeira. Ela sentou sem ainda o encarar nos olhos.
Ela suspirou fundo e então levantou o olhar.
O primeiro momento foi de agonia.
Rever aqueles olhos era como rever cada cena de desespero, era como reviver cada chamada, cada morte.
O segundo momento foi de dé jàvu. Ela não sabia o porquê mais aqueles olhos pareciam tão familiares....
Ela respirou fundo mais uma vez e o encarou firme.
Seus lábios se abriram para dizer algo, mas nenhuma palavra quis vir. Parecia que nenhuma palavra queria se arriscar o suficiente.
Ela estava nervosa. Imaginou esse momento na sua cabeça pela manhã inteira e agora todo o seu roteiro parecia muito infantil. Gritar e esbravejar sua raiva pelas pessoas que morreram não seria uma boa maneira de começar.
Então, ela pensou em Ingrid. O que ela faria?
Certamente, ela tentaria dar um soco na cara dele.
Esse pensamento a fez sorrir singelamente e então ela se acalmou.
As perguntas começam a surgir em sua mente.
Ela já sabia por onde começar.
Enfim, chegou a hora da verdade. A hora de saber o que aconteceu no passado.
Era ora dela saber como tudo começou.
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Chamada: A Origem
TerrorLivro 4 "- Já ouviu falar naquele teste para saber se você é um psicopata ou não?" Era uma vez um psicopata. É assim que as histórias trágicas começam. E foi bom tocar no assunto de começos, pois, chegou a hora de saber como a bola de neve que ca...