nineteen

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Jungkook sentia-se cansado, fazia exatas cinco horas que dormia na cadeira dura de espera do hospital, não só ele como alguns dos meninos revezavam para que quando houvesse qualquer notícia, eles já estivessem comunicados.

A garota havia sido salva de seu possível suicídio, pela pessoa que havia feito chegar ao seu limite.

Quanta hipocrisia.

— Parentes de Park Tae-ji? — um homem alto com um jaleco apareceu. Era o mesmo médico que havia atendido a garota a poucos meses.

Logo Jungkook levantou-se e foi em direção ao mais velho, virando o corredor e escutando o que ele tinha a dizer.

Após ouvir tudo, cutucou Yoongi, que dormia calmamente e desajeitado na poltrona. O mais novo o olhou indagado e logo assentiu.

— Oh, ela está bem... E está reagindo aos medicamentos, logo acordará — coçou a nuca, ainda nervoso. — Ela engoliu muita água, seu pulmão está bem frágil. — o mais velho encarou o garoto a sua frente sério.

Deixou a parte de que a menina não estava se alimentando direito para si, teria uma longa e cansativa conversa para colocar os quilos perdidos em dia.

[...]

Jungkook olhava a menina cansada ao seu lado sorrindo. Havia acabado de acordar e estava olhando-o estranhamente.

— Não sirvo nem 'pra se matar. — a garota riu baixo e o moreno a abraçou carinhosamente.

— Não diga uma coisa dessas e eu não quero mais esse tipo de atitude descontrolada vinda de você, hein! — riu e deu beijo na testa da garota, tentando amenizar a situação.

Já sabia o que havia acontecido e o motivo da pequena ter explodido.
Apesar de sentir muita raiva e ainda por cima ter que tirar o minúsculo Yoongi de cima de Park Jimin, desejava que tudo desse certo entre os dois e claro, dado o recado que se fizesse algo de mal, iria o matar.

— Jungkookie, quando irei sair daqui? — perguntou sentando-se na cama com cuidado, pois ainda estava com a agulha do soro em seu braço.

— Quando você melhorar. — disse simplista.

— Mas eu já 'tô bem. — respirou fundo e sentiu um pouco de tontura.

— Está escrito na sua cara que você não está  — riu e segurou a mão da garota. — Desculpas, Ji. Mas eu vou ter que ir porque uma pessoa quer entrar pra te ver. — selou a bochecha da menor, que esperava ser Yoongi, já que o outro não havia aparecido ainda.

A porta logo foi aberta e uma figura um tanto conhecida de cabelos pretos entrou de cabeça baixa.

Respirou tão fundo que doeu seu pulmão novamente.

— Só pode estar de brincadeira — Tae colocou as mãos no rosto, angustiada. — O que eu fiz para merecer isso? Hein, Deus?

— Precisamos conversar. — Jimin se aproximou calmamente, observando que a garota queria se afastar.

— Não temos nada para conversar. — a menina deitou na cama, olhando para o teto.

— Temos muita coisa para discutir, você sabe disso. — rebateu, sua voz era melancólica.

— Mas eu não quero falar sobre nada com você, seu babaca. — se irritou.

Lágrimas de Abril - Park JiminOnde histórias criam vida. Descubra agora