Capítulo doze

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Querendo postar o capítulo 13. Me marca lá no facebook/laufisher39  ou no instagram: Laufisher39 - Vai que rola. 

Capitulo 13 é o reencontro da Liara com o Cairon. 


Cairon,

- É compadre, você é um homem morto! - Estavamos eu iria fazer um nome exame, e eu havia acabado de tomar um banho. Sorri e terminei de secar os cabelos.

- Pensei que tinha corrido tudo certo?

- Melhor do que imaginávamos. Embora, ninguém foi preso ainda, pelo menos o falso sequestro foi solucionado.

- E?

- E? Conhece bem a esposa que tem.

- É verdade.

Ontem mesmo, o cerco se fechou contra do desembargador Fontes. Tudo se resolveu bem antes do previsto.

- Sua amiga Patrícia ficou louca ao saber de sua "morte". Eu mesmo falei com ela em retribuição ao favor de ter me ligado. – Preferi não tomar partido. Ela havia praticamente salvo minha vida, mesmo assim, eu ainda não tinha um parecer sobre ela e suas atitudes. Não sabia dizer se era culpada ou inocente.

- O que indica que nossa pequena encenação alcançou seu objetivo.

- De uma forma torta, mas chegamos ao mesmo resultado.

O plano era fazer com que acreditando que eu estivesse morto. Depois de três dias sem conseguir me encontrar, eles forjaram um sequestro e começaram a negociar com a polícia. Então a notícia de minha morte, daria a eles a oportunidade de eles prosseguissem a negociação, e quando a polícia pedisse um dos desembargadores, entregariam a Patricia, ficando somente com o Fontes, que a meu ver, como mandante, sairia ileso. Mas, segundo a policia federal, ao saber que eu havia morrido na mata, a desembargadora Patrícia havia se descontrolado, ainda estando em cativeiro, e até agredido fisicamente um dos homens que faziam eles de refém. Por isso foi liberada.

- Como eles te pegaram? – Sentei-me para calçar os sapatos, enquanto esxplicava ao Murilo, como tudo aconteceu.

Quando saí de casa, depois de minha visita frustada à Liara, eu não me escondi com objetivo de espionar, mas de que não me visse ali. Mas ao ver a desembargadora, que se intitula "sozinha", entrando em um carro, depois das duas da manhã, eu fiquei curioso.

- Eles tentaram me convencer, quando eu despertei, de que eles também estavam sendo levados como reféns.

- Esqueceram que você havia conversado com o Fontes, logo que o carro parou?

- Segundo ele, havia um terceiro ocupante no carro, e que só parou porque os homens perceberam que estavam sendo seguidos, e achando ser a polícia, mandaram parar. E como os bandidos viram que eu era um terceiro desembargador, acharam viável me levarem junto para não colocar o plano em risco. Quando nos deixaram sozinhos, o Fontes disse que tentou me avisar, mas era tarde de mais. Mas eu não vi o terceiro ocupante do carro. Mesmo não podendo afirmar que não tivesse, porque assim que entrei fui golpeado. Nos mantiveram amarrados a cadeiras por todo tempo.

- Mas não disseram o que queria?

- Que a gente assinasse uma sentença, libertando alguns traficantes. Na verdade, - me levantei ainda sentindo dores. – Era o que queríamos. Que os amigos do Fontes confiassem em mim, a ponto de me colocarem no esquema de venda de sentenças, mas depois aconteceu essa reviravolta.

- A Patricia se soltou, e desamarrou você.

- Tenho minhas suspeitas de que não tinham amarrado ela com tanta força. Mas alguma verdade tinha no ato dela. Esperou que levassem o Fontes. Segundo eles iriam fazer contato com o mandante. Mas, talvez só o estivessem tirando de lá para ver qual curso tomar.

- E foi a oportunidade para que ela se tornasse sua salvadora.

- Estava com os punhos avermelhados de tentar se soltar, mas com certeza suas cordas não estavam tão apertadas quanto as minhas.

- E uma vez que era prisioneira como você por que ficou?

- Quando nos soltamos, um sujeito entrou e veio para cima de mim, tive que derrubá-lo, mas ele me acertou com um bastão que estava próximo à porta. Minha cabeça já estava dolorida por terem me acertado no carro.

- E ela?

- Ela pulou nas costas do homem e ele a derrubo, fazendo com que machucasse seu pé. Até tentei ajuda-la, mas ela tinha certeza de que não a matariam. E seu receio era que tentassem se livrar de mim.

- Receio ou certeza?

- Vai saber.

- Se o Fontes, é de fato o mandante, deve estar furioso com você, porque se não os segue, não precisaria fingir só com a Patricia. Não haveria um falso sequestro, nem nada.

- Verdade.

- Por isso precisamos redobrar a segurança.

- Se tivesse na cidade nada disso teria acontecido.

- Com certeza não e você agora não seria um homem morto como eu disse.

- Não brinca. Ainda hoje desfaremos esse pequeno mal entendido.

- Acha que estou me referindo à eles? Não. Eu te asseguro que comigo por perto, não haverá brecha pra ninguém chegar até você. Eu falo pela Késsia compadre.

- O que a Késsia tem a ver com isso?

- A mulher outro dia ficou furiosa porque uma das funcionárias dela disse estar apaixonada por mim. Começou com elogios a minha maneira de vestir, minha forma de andar, e aí de repente... Bum!

- Quem diria em compadre, arrasando os corações.

- Nós conversamos. Contei à Késsia, que demitiu a moça, o que achei justo. Eu não ficaria com um homem em minha equipe que estivesse babando por ela. Marquei um dia, levei-a para um lugar paradisíaco e tudo foi resolvido. Ficou somente entre nós. Eu amo a Késsia!

- Graças a Deus!

- Mas, no seu caso, ontem enquanto libertavam a Patrícia, e ela ainda achava que você estava morto, gritou aos quatro cantos que te amava, e que vocês tinham um relacionamento.

Eu gargalhei!

- Deve ter pensado que comigo morto, quem a desmentiria? Não houve nada entre nós.

- A Liara sabe disso?

- Sabe!

- Melhor assim, porque ela está vindo e não quero ser agredido sem motivos, e eu odiaria ter que estar a frente dos preparativos de seu funeral. – Sorri e vi a enfermeira entrar.

- O hospital está uma loucra na ala de baixo por causa de vocês.

- Não é a primeira vez. – Brinquei. – Eles sempre fazem esse alvoroço.

- Eu até passei por lá para ver se apareço na TV. – Todos nós riamos agora. – Agora é sério. Iremos prepara-lo para um novo exame.

- Pensei que fosse demorar um pouco mais, minha esposa deve estar chegando e eu queria...

- O médico não quer esperar mais.

- Então é sério. – Ela só gesticulou a cabeça como se não soubesse informar.

- Ele deve falar com o senhor durante os exames.

- Murilo... – Disse antes de sair. – Vai acalmando a Li para mim. Diga que está tudo acabado e que poderei sair daqui para casa. E que.... Eu a amo!

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O DesembargadorOnde histórias criam vida. Descubra agora