The Hybrid

Capítulo 77 - Marry me again

Lauren POV.

— A gente vai beber? — Dinah disse. — Por que é noite das garotas, a gente tem que beber.

— Camila trancou minhas bebidas. — fiz bico.

— Porque você tomava whisky as nove da manhã. Não quero um mal exemplo para Lorenzo. — Camila sentou-se no chão de frente para mim. Coloquei a travessa com a torta e cortei os pedaços rapidamente.

Servi primeiro Dinah que não aguentou e logo atacou seu pedaço, em seguida servi as meninas. Deixando por último Camila. Dinah me olhada desconfiada, balancei a cabeça em direção a torta e ela quase soltou um gritinho animado.

— Vamos Camila coma a torta toda, está uma delícia. — apressou ela.

— Não quero passar mal de tanto comer Dinah, já pensou parar no hospital por causa disso?!

— Verdade é bem a sua cara.

Sorri. Há muito tempo eu queria fazer aquilo, renovar os votos com Camila parecia o certo depois de tudo que passamos; fomos brutalmente separadas durante cinco anos, mas o que sinto por ela não diminuiu nem um pouco. Agora com um membro a mais na família parecia o normal a se fazer.

Quero estar com ela, e afirmar meus sentimentos quantas vezes fosse possível.

— Mas o que é isso? — ela disse ao levantar o garfo.

Allyson se virou para mim e eu afirmei.

— Lauren? — ela sussurrou. Respirei fundo peguei um guardanapo, me levantei e me pus de joelhos ao seu lado, delicadamente tirei o anel em meio ao chantili e o limpei.

— Camz. Sei que vai achar isso desnecessário, aliás vivemos a um bom tempo juntas. Eu lhe prometi amor eterno, definitivamente não teria sentido viver sem você por perto. Tudo que passamos só me trouxe mais razões para te amar, claro que não foi fácil enfrentamos vários demônios, meus demônios, e você nunca desistiu de mim; e eu nunca vou desistir de você. Então minha rainha, você aceita se casar comigo... de novo?

Camila estava com os olhos vermelhos, eles brilhavam olhando de mim para o anel em minhas mãos. Dinah estava sorrindo e emocionada.

— Oh céus! É claro que eu caso sua idiota, quantas vezes você quiser. — disse antes de me beijar. Ela mordeu meu lábio, sugando ao mesmo tempo que seus dedos acariciavam minha nuca.

Quando nossas bocas se separaram não parávamos de sorrir. Coloquei o anel em seu dedo e lhe beijei novamente.

— Ai que emoção, assim dá até vontade de casar também. — disse Dinah em tom de choro. — O casalsinho já pode parar de se beijar antes que vire outra coisa, Lorenzo ainda está aqui.

Me separei de Camila apenas para sentar atrás dela, abraçando sua cintura e mantendo-a perto de mim. Jogamos banco imobiliário até Lorenzo pegar no sono.

Levei-o para o quarto e desci novamente. Eram quase uma da manhã e Dinah decidiu que queria ver um filme antes de dormirmos.

— Que não seja crepúsculo Dinah. — falei me deitando ao lado de Camila.

— O que? Por que? Quanto preconceito.

— Vampiros não brilham no sol.

Dinah colocou o filme mesmo assim. Fiquei aproveitando que somente a luz da TV iluminava parte da sala para ficar beijando Camila, seu corpo quente aquecia o meu mais ainda e me fez imaginar coisas; mas ela me beliscou já que Ally e Normani ainda estavam atentas ao filme, Dinah dormiu na metade dele.

— Já pensou em como será o casamento? — sussurrei em seu ouvido, meu polegar acariciando a palma da mão de Camila.

— Você me pegou de surpresa, você não enjoa de mim? — ela perguntou. Suspirei pensando em uma resposta.

— Eu te amo. Eu sinto que fui feita pra isso. Olha só você, eu era uma babaca e foi apenas eu te conhecer que me vi perdidamente apaixonada. Ainda sinto as borboletas no estômago quando estou com você. Ainda te amarei daqui um século; então vai ter que me aturar por um bom tempo.

Sorri, apertando ela em meu abraço.

— Eu também te amo.

Camila POV.

— Suponho que você tenha se divertido — Ally insinuou.

Era domingo de manhã e Lauren havia acabado de sentar-se à mesa da cozinha. Lorenzo ainda dormia no andar de cima.

— Nós nos divertimos — bocejei.

No dia anterior eu e Lauren extravasamos a tensão da lua cheia correndo pelo parque, ela ainda é mais veloz que eu; mas na próxima vez eu vou passar ela.

— Nunca entendi esse lado lobo de vocês. — Ally disse.

— É tipo um lutador cheio de adrenalina acumulada. Temos que liberar senão a coisa pode complicar. — Lauren respondeu com a boca cheia.

— Quando é lua cheia, a adrenalina aumenta. E a maioria dos lycans ficam agressivos.

— Tenho certeza que Camila me arranhou ontem. — Lauren falou levantando a camisa.

— Dá próxima eu arranho sua cara...

[...]

Hudson Valley, Nova York.

Pela primeira vez em várias semanas, Eu pude relaxar, pela primeira vez na minha vida eu planejei um casamento. O meu casamento; e pra relaxar nós alugamos uma casa longe de tudo.

Sentando confortavelmente no chão da pequena sala, me recostei no sofá. Uma pequena fogueira queimava na lareira de pedra a cerca de três metros; Lauren havia acabado de adicionar um pedaço de madeira ao fogo, e me senti confortada pelo barulho da madeira estalando. Março ainda não havia acabado, e aquela noite estava especialmente fria. A janela na parede distante oferecia uma visão do céu noturno, e eu pude ver que a neve ainda estava caindo.

Claro. Eu sabia que a verdadeira sensação de paz, não era o fogo ou o manto que me cobria. Era ela. Lauren. Aproveitei para olhá-la, suas feições perfeitas era surreal a beleza dela. Estava feliz por estar ali com ela. Ao mesmo tempo que ela me trazia paz, fazia um fogo subir em mim, a energia sutil que exala é um vício.

Peguei um copo e bebi mais um gole de vinho, me aqueceu por inteiro quando as mãos de Lauren tocaram meu rosto, me fazendo olhá-la.

— Está muito quieta. Está se sentindo bem? — sussurrou suavemente.

— Não se preocupe. Estou bem. — respirei fundo. — É que em dois dias estaremos casadas... de novo. — ela sorriu. — Quase uma década se passou e ainda me sinto como uma garotinha.

— Prefere desistir?

— Não! Nunca. — falei. Me aconchegando em seus braços.

— Você sabe, daqui a cem anos não vale querer se separar. — Lauren falou em tom brincalhão. Meu coração acelerou. Cem anos?

— Eu não tinha pensado nisso. Enquanto tudo morrerá nós continuaremos aqui... — baixei a cabeça, pensando nas meninas e em Lorenzo.

— Quando se tem vários anos, você aprende a se acostumar com isso. Já perdi muitas pessoas... não será fácil mas, pelo menos, tenho você.

— Não estou pronta para ver minhas amigas envelhecerem e... morrerem. Jesus, Lorenzo.

Uma lágrima escorreu em minha face.

— Camila, olhe para mim! Não pense nisso por favor... vamos aproveitar bastante, ok? E quanto a Lorenzo... não vamos esconder o que somos por muito tempo; na maioridade dele podemos, sei lá, transformá-lo.

— Não quero isso pra ele. Nossa vida tem sido bem difícil desde que me transformaram.

— Quando ele crescer pensamos nisso. Ok? — ela me olhou nos olhos, me passando toda segurança de seus braços.

— Ok.