Capítulo 70 - No Comando

2K 172 29
                                    

Camila POV.

Uma hora depois a sala do concelho estava lotada e exigi a presença dos líderes de cada alcateia existente, eles tinham suas próprias regras mas eram regidos pelo acordo de paz.

Penélope nunca me deu uma explicação de como ela veio parar no concelho, mas contando que conheci ela só agora já era de se imaginar que ela fazia parte do alto escalão.

Klaus estava nervoso do outro lado da sala, separado de mim, cortesia de seu irmão mais velho que me deu total apoio na reunião.

— Podemos começar? — falei fazendo todos os cochichos pararem. — Para quem ainda não me conhece, sou Camila Cabello Jauregui, a herdeira do clã Estrabao. Híbrida, e não menos importante, autoridade máxima de toda a linhagem lycan e vampiro.

Um borborinho de descontentamento se alojou na sala e logo continuei.

— Primeiro de tudo, não sou uma ditadora e sim estou aqui para cuidar do meu povo. Sei que os lycans têm seus alfas e não estou aqui para passar por cima deles. Indo para o assunto, os ataques aos lycans dessa região é algo intolerável.

— Não temos culpa nisso, Vossa Alteza. — um dos líderes dos vampiros falou. — Infelizmente temos selvagens em todo canto.

— Eles são sua responsabilidade; soube que você e seus homens gostavam de transformar humanos por diversão. — falei séria.

— Punirei os meus de acordo, Alteza.

— Meus olhos estão abertos e vejo sujeira nesse concelho. — fitei de relance Klaus. — Para os membros, esse é meu único aviso. Refaçam seus planos de capturar os impuros. Mostrem um pouco de clemência.

— Bobagem! — falou Klaus. — Selvagens devem ser mortos.

Falou ele alfinetando os lycans presentes. Eles logicamente não ficaram quietos e se iniciou uma discussão. Minha cabeça latejava.

— JÁ CHEGA! — minha voz saiu forte e rugiu pela sala mais alto que um leão. — Niklaus, você está dispensado do concelho até segunda ordem. Seu plano de eliminar a raça lycans, a minha raça! Acabou!

— O que disse? — perguntou perplexo o irmão de Klaus. — Meu irmão...

— Desde o primeiro dia de julgamento de minha esposa notei algumas peculiaridades de Niklaus. Só pensa em si mesmo, é egoísta, e um desejo por poder. Diga-me Klaus, o que vinha a seguir? Mantar matar todos os anciões e ficar no lugar deles?

Saiam faíscas de seus olhos, irritei-o mais do que queria. Quando ele avançou em minha direção, seu irmão entrou na frente. Mas Klaus estava possesso e o jogou longe.

Menos de um metro eu olhei profundamente em seus olhos. Alguns centímetros antes de ser atacada ele parou; imóvel como se tivesse sido grudado ao chão.

— Pela sua reação acho que eu estava certa. — exclamei de queixo erguido.

O silêncio na sala era mortal, ninguém ousava interferir ou abrir a boca para nada. Ouvia pequenos ruídos raivosos dos lycans mas somente isso.

— O que fez comigo? Porque não consigo me mover? Inferno! — ele gritou.

— Deixe-me lhe lembrar as regras. Um, jamais atacarás seu semelhante exceto em legitima defesa. Dois, nunca desafie uma híbrida furiosa. Três – andei em torno dele o medindo de cima a baixo sentindo sua tensão e desconforto – Mostre respeito à sua Rainha.

Minha voz soava fria e doce ao mesmo tempo. Contra seu controle, seu corpo tremia; Niklaus se pôs de joelhos a minha frente com a cabeça baixa. Ele era um dos mais fortes vampiros depois de Richard e eu havia o manipulado.

The HybridOnde histórias criam vida. Descubra agora