Tenha calma - Bughead

Capitulo 5

"When you said you looked a mess I whispered underneath my breath, but you heard it. Darling, you look perfect tonight."
[Perfect - Ed Sheeran]

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Há alguns dias atrás finalmente aceitei Jughead no jornal escolar. Ele tem se mostrado um ótimo escritor e sempre sabe de tudo rolando na escola por fontes ainda desconhecidas por mim. De qualquer forma não ligo.

Archie é um amigo muito legal e especial, porém eu e Veronica vínhamos conversando muito sobre a relação dos dois, e bom, ela sempre fala que ele está com a cabeça na lua e a ignorando, infelizmente não sei dar muitos conselhos, isso se origina as inúteis relações que tive.

- Filha!

Ouço minha mãe gritar em um tom nada agradável. Como pedido, desço.

  Vejo que ela está com uma aparência triste e segurava um celular.

- O que foi?

- Sente aqui.

Me sento ao seu lado e começo a ficar medrosa.

- Acabei de receber uma ligação muito triste. Não sei de que maneira contar mas vou ser direta, o pai da Meredith me ligou aos prantos e falou que... Lamento Betty. - Ela me abraça. - Os seus amigos, eles... Eles morreram... - Sua voz se apresentava tão falha que era preciso um bom ouvido para entender sua dicção.

- Aiai conta outra, isso não tem graça.

- Minha filha, eu lamento. - Ela começa a lagrimar, e então percebo que é verdade.

- Mãe, isso é brincadeira? Não é? - Rio de nervoso e espero o pior derramando lágrimas.

- Eu sinto tanto por você. Sinto. Muito!

  No mesmo momento em que essa sequência de palavras saem de sua boca, minhas lágrimas caem compulsivamente. Estou literalmente chorando.

  Eles eram praticamente tudo para mim e eu achava que não queriam mais falar comigo, nem sequer ousei ir atrás deles! Me sinto tão culpada! Tão culpada por achar que não queriam me ver, e tão culpada por praticamente ter os "esquecido" tão rápido. Às vezes eu penso que esqueci, mas talvez isso seja mentir para mim mesma.

Com a pressão acarretada em mim sobre saber a real situação dos meus amigos, corro para meu quarto, onde lá choro até não conseguir mais. Tudo que já vivemos se passa como um filme em minha cabeça: risadas, situações ruins, momentos que enfrentamos juntos... Tudo.

Como se essa devastadora notícia não bastasse, minha paciência se esgota de vez ao escutar uma discussão entre meus pais. Isso faz minha cabeça doer.

   Eles estavam falando sobre Polly, e que o lugar em que estava iria expulsá-la caso alguma fatura não fosse paga. O que é estranho, visto que meus pais disseram-me durante grande parte de minha vida que Polly havia se mudado pois não gostava da gente. Por que eles teriam de pagar algo a ela? Talvez fosse um hotel? Talvez fosse um apartamento? Consigo escutar o nome do lugar e anoto em um papel.

Ainda chorando - por imaginar a possibilidade de que minha vida toda em questão a minha irmã foi uma mentira e lamentando pela morte dos meus amigos - me tranco no banheiro e tomo um banho rápido, voltando em seguida ao meu quarto para vestir uma roupa.

Pego a chave do carro, meu computador e dirijo até o Pop's. Chegando lá peço um milkshake e quando meu pedido chega, o tomo com urgência. A ansiedade que sinto me deixa com muita fome.

Ao pesquisar sobre o lugar desconhecido, descubro que era um centro de reabilitação. Mas, por que Polly estaria em um centro de reabilitação? Aí tem coisa...