GRIFFIN não sabia o que estava esperando, mas ele não tinha idéia que novaiorquinos estivessem dispostos a viver em lugares tão repugnantes.
Para alguns deles, favelas teria sido um passo acima. Todos eles porcarias, cada apartamento que Loretta tinha desenterrado e não apenas um pouco, mas em uma escala bíblica. Era terrível ver o que Brooklyn tinha a oferecer a um assalariado solteirão procurando acomodações. Finalmente, Griff compreendeu o que Loretta estava tentando dizer a ele com muito tato. Que não foi completamente justo.
Alguns dos locais se revelaram agradáveis, mas completamente irreais. Mesmo com seus rendimentos do CBNY, saltando no Stone Bone, e trabalhando em construção nos finais de semana, estes apartamentos eram tão caros que Griff teria que trabalhar sessenta horas por dia para ganhar o aluguel, sem falar comer ou pagar a eletricidade.
Dos apartamentos que poderia pagar, todos os três eram medievais em sua feiúra e incapacidade. Uma opção era um prédio sem elevador no sexto andar que tinha verdadeiras pilhas de lixo espalhadas nos degraus intermináveis e excrementos de cachorro no corredor.
No térreo, um casal gritava um para o outro em francês, ao que parecia. Uma criança perambulava do lado de fora em fraldas e pés descalços. Um apartamento não tinha nem paredes ou um banheiro, apenas a tubulação nua saindo do concreto inacabado no centro morto de uma sala vazia.
- Alguns finais de semana, e estará novo em folha! - o síndico tinha exclamado. - Você pode montar qualquer quarto e qualquer banheiro que você quiser. - Ele apontou para a janela de três metros de altura em uma das paredes. - E a vista!
O terceiro lugar acabou sendo um de dois dormitórios que tinha sido construído sobre uma pizzaria sem licença por dois primos de caráter duvidosos. Eles explicaram que sua família não poderia saber sobre o inquilino, o aluguel teria que ser pago semanalmente em dinheiro. Como um bônus, Griff poderia ter todas as pizzas que pudesse comer, além de poder fazer apostas na loteria ilegal do patriarca da família.
No andar de cima, Dante encontrou um rato morto do tamanho de um gambá enrolado no quarto com cheiro de calabresa. Os envergonhados primos explicaram que eles espalharam veneno embaixo no porão, por isso os ratos tinham vindo até aqui: Tipo de férias.
Dante riu todo o caminho de volta para o caminhão, batendo nas costas de Griff, tentando fazê-lo rir também. Quando eles estavam na estrada novamente, Griff não disse nada. Ele apenas dobrava e desdobravas as páginas de Loretta, Ainda amassadas com a forma da bunda de Dante que estava dirigindo de volta para o jardim de infância para que pudesse pegar Nicole.
- Sinto muito. - Griff sentia como um idiota por arrastar Dante por toda parte.
- Vamos lá! Por quê? Eu queria ajudar.
- Você não se incomoda por perder tempo dirigindo pra mim?
- Não, pare! Eu odeio isso, G. - Dante se virou para Griff e torceu suas feições bonitas em sua cara de idiota: olhos vesgos e língua de fora. - Eu quero que você venha morar comigo, cara.
- Não. Agradeço isso, mas eu preciso conseguir um lugar meu. Eu sou um adulto.
Griff se virou para olhar pela janela do passageiro, não querendo ver o apelo nos profundos olhos de Dante.
- Pense. Eu tenho todos aqueles quartos.
- Sem porra de paredes ou portas! - Griff riu e olhou para seu melhor amigo.
- Exatamente! Poderíamos dividir recursos. Metade das despesas. Eu poderia utilizar um aluguel fixo, e você poderia até mesmo cobrir a parte das faturas por me ajudar a reformar. Estaríamos em melhor situação e você sabe disso. Até mesmo meus pais pensam assim.
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Cabeça Quente
Romance"E baby, eu estou lutando de frente com o fogo apenas para chegar perto de você. Podemos queimar um pouco, amor?" Rihanna O bombeiro do Brooklyn, Griff Muir, tem lutado contra sentimentos impossíveis para com seu melhor amigo e parceiro de trabalho:...