XXVIII - Familiar

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AO passarem pela sala de jantar, Griff disse.

- Um segundo. Eu acho que vou ajudar a colocar a mesa.

E inclinou sua cabeça para o barulho dos talheres e pratos. Ele deu meia volta e entrou.

- Griffin.

O Sr. A. estava bem atrás dele segurando uma pilha de tigelas. Atrás dele, a mesa enorme estava colocada com reluzentes inox e pratos incompatíveis.

- Eu pensei que eu poderia ajudar.

- Obrigado.

O homem mais velho lhe entregou metade dos pratos e acenou, sorrindo. Juntos, eles trabalharam rapidamente, colocando uma tigela na frente de cada cadeira. O Sr. Anastagio odiava silêncio, mas ele não estava contando piadas ou fofocando ou mesmo reclamando sobre seus vizinhos. Nada. - "Ele quer me matar."

Griff mastigou o lábio e tentou falar sobre um tema seguro. Sabia que eles precisavam trazer isto em aberto. Para todos os fins e propósitos, este homem o tinha criado e ele não queria decepcioná-lo. Então a mesa estava pronta e eles ficaram de um lado olhando para ela. Um momento se passou com nenhum homem sabendo o que dizer um ao outro. - "Essa é a primeira vez."

Finalmente o pai de Dante estendeu uma mão, olhando-o diretamente nos olhos, como se Griff tivesse vindo para pedir a mão de Dante em casamento, ou vice-versa. Com um sorriso, Griff a sacudiu com firmeza e foi puxado para um abraço forte. O
alívio o fatiou por dentro. O Sr. A. acenou com a mão na direção da cozinha.

- O meu filho quer servir o cioppino aqui ou no fogão?

- Deixe-me descobrir.

Griff apertou o seu ombro e correu de volta para o corredor, seguindo o cheiro delicioso.

- Dante! Seu pai quer saber...

Quando ele entrou na cozinha, Griff viu a Sra. Anastagio começando a destampar a comida e Loretta limpando o balcão. O sorriso murchou em seu rosto. - "O que ela está fazendo aqui?"

- Eu. - Ela cantou, triunfante. - Sabia! Eu-sabia-eu-sabia.

Ela estalou a toalha nele e deixou cair suas mãos para seus quadris, exultando descaradamente.

- Silêncio.

A Sra. Anastagio fitou ameaçadoramente sua filha exagerada enquanto ela
descarregava a geladeira. O primeiro impulso de Griff foi blefar.

- O que é...? - "Nós somos apenas amigos. Eu vou ser seu companheiro de quarto. Dois rapazes solteiros. Caçadores de saias. Apartamento de solteiro."

Ele mordeu seu lábio para se impedir de mentir: somente a verdade nesta casa.

- Meu irmão me contou. Não fique nervoso. Eu não vou dizer nada. - Loretta revirou os olhos, sem fôlego. - Pateta bastardo. Eu sabia que você estava apaixonado por alguém. E eu acho que isso é fodidamente fantástico.

Ela estendeu a mão e alisou uma poeira imaginária de seus ombros. Griff abriu a boca, mas nada saiu. Em seguida, falou.

- Você acha?

Ela balançou a cabeça e sorriu e o abraçou.

- Bem, se eu não posso ter você, pelo menos um de nós pode.

- Francamente! - a Sra. Anastagio abriu o forno para retirar uma bandeja de coberta de papel alumínio. - Minha própria filha e não trouxe nada. - A Sra. Anastagio franziu seus lábios em aborrecimento e bufou. - Nem mesmo pão!

Cabeça QuenteOnde histórias criam vida. Descubra agora