XVI - Introdução ao Desejo

3.6K 285 121
                                    

DOIS dias depois, Griff estava lavando o caminhão, preso em horas extras para que o
tenente pudesse ir ao hospital receber seu novo bebê.

Era tarde e ele precisava dormir, mas depois de duas horas tentando manter seus olhos fechados, ele tinha descido e ajudado a reabastecer os tanques de oxigênio, em seguida, enviou um novato para pegar algumas mangueiras. Ele tinha sido incapaz de fechar os olhos em qualquer lugar da estação, com medo de que o pudessem encontrar e começar a confessar alguma coisa horrível.

Ele tinha conseguido ficar longe de Tommy desde o transtorno no bar, e rezou que pudesse escapar antes do pequeno paramédico aparecer para seu turno. Dante irrompeu e passou por ele para o posto de bombeiros, em direção às escadas que levavam ao quarto de beliche.

- Ei. - Griff deixou cair o pano no balde e fez uma saudação. - Por que você ainda está trabalhando?

Dante parecia que tinha corrido pelo quarteirão, seu cabelo soprado pelo vento e seus olhos de carvão brilhantes.

- Você não estava respondendo ao seu telefone.

- Desculpe. Estávamos fora em uma chamada. Vazamento de gás. - Griff deu de ombros e limpou as mãos no seu moletom. - Eu cobri algumas horas extras para Siluski. Sua esposa finalmente entrou em trabalho de parto.

Dante balançou a cabeça e se apoiou contra o caminhão.

- É sobre o negócio HotHead. Estive pensando sobre como fechar a diferença com o banco.

Griff olhou para as prateleiras de equipamentos e na porta lá em cima, paranóico.

- As atividades estendidas! - Seus escuros olhos de carvão brilhavam de triunfo.

- Dante! Pare... - Griff lhe puxou ao redor do caminhão e olhou para a rua escura. Vazia. A última coisa que eles precisavam era de alguém vagando aqui e ouvindo. Os rapazes estavam todos no andar de cima dormindo ou assistindo a ESPN. - Eu não acho que aqui seja o lugar.

Dante balançou a cabeça para descartar a idéia.

- Não preocupe. Venha aqui.

Griff deixou Dante levá-lo além dos armários e dos suportes de equipamentos em direção à parte da frente e da rua; eles saíram das luzes para as sombras em frente à entrada da garagem. Ele não fumava, mas esta era a sala não oficial dos fumantes. Bitucas de cigarro estavam espalhadas na sarjeta onde os outros rapazes tinham jogado. Pelo menos ninguém poderia observá-los.
Griff levantou uma sobrancelha.

- Certo. O quê?

- Atividades estendidas. As opções extras no filme. Percebi uma coisa. - Os olhos de Dante estavam sombreados como se ele tivesse dormido poucos nesses dias.

- Jesus, Dante. - Griff esfregou um olho grosseiramente. Ele podia sentir uma dor de cabeça se formando. - Talvez possamos conversar mais tarde...

- Não. Olhe, masturbação mútua, pagamento extra. - Dante se imitou masturbando e gozando sem parecer envergonhado, o que apenas deixou Griff mais constrangido. - E a coisa que você fez no final aumentou nossa gratificação ainda...

- Eu sei, cara. Sinto muito por...

- mais. Besteira, "sinto muito!?" Estourar sua porra em mim nos arranjou um bônus de trezentos dólares.Você sabe disso? - Dante rolou seus olhos e acenou para longe a preocupação. - Cara, se eu conseguisse uma gratificação cada vez que você gozasse em mim, eu acamparia debaixo de sua cama e você faria isso três vezes ao dia.

Cabeça QuenteOnde histórias criam vida. Descubra agora