XX - Flagrante e Confissão

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NO dia das bruxas, Griff estava de folga por 72 horas do quartel, e trabalhando a porta da frente do Bone. Enquanto a noite passava, a multidão ficava mais animada e mais jovem.

Além das fantasias, havia uma despedida de solteiro acontecendo, o que era excelente para os negócios, ótimo para gorjetas, ruidosas como o inferno. Por volta das onze ele ouviu uma garota gritando quarteirão acima. Um bando de caras estavam brigando na esquina.

A princípio ele pensou que a despedida de solteiro tinha acabado e indo para Manhattan para boates strippers. Então ele percebeu estes homens estavam brigando e gritando em um círculo a uns cinquenta metros de distância. Um alarme de carro soou quando alguém bateu contra ele. Vidros quebrando.

Os gritos tinham vindo de uma menina gordinha no outro lado da rua, vestida como uma abelha, que estava olhando para algo no chão a seus pés. Griff não podia ver o que era, mas ela tinha dado um passo para a rua. Seu rosto era uma máscara de horror, mas ela não estava fugindo. - "Que porra eles estavam fazendo?"

Griff caminhou em direção ao barulho lentamente. Sua barriga parecia estranha; essa briga não era sobre o dinheiro da cerveja. O resto deles estava gritando e chutando a calçada. - "Era um cão? Bastardos doentes."

Sob a iluminação de rua, um dos idiotas parou de chutar, abriu o zíper da calça, e tirou seu pau. Griff fechou os punhos e começou uma corrida, trovejando em direção a eles.

- Hey!

Os homens não o ouviram. O carro deles ao lado na rua, e o motor estava ligado. As portas estavam abertas. Eles estavam gritando e xingando o concreto. E então o rapaz que abriu o zíper começou a mijar ruidosamente no chão como se estivesse num mictório. Mas ele não estava mijando na calçada. O fluxo estava batendo em tecido. Um gemido. Uma tosse molhada.

- Fodido viado de merda...

Era uma pessoa pequena enrolada lá em baixo, algum garoto apanhando e sendo mijado até a morte.

- Hey! Pau pequeno! - Griff bradou quando correu em direção a eles como um gigante irritado.

O rapaz do zíper olhou para cima, assustado, e parou de rir quando cronometrou o tamanho de Griff. Dobrando seu pau em suas calças jeans, ele disse algo para o resto dos ouros. Um deles cuspiu no garoto.

Eles se amontoaram em seu carro em ponto morto e partiram rapidamente, se afastando do meio-fio. Quando chegaram à metade do quarteirão um último grito e uma garrafa de cerveja lançada para o corpo enquanto se afastavam.

- Bicha!

A garrafa bateu contra o concreto. As pessoas estavam olhando cautelosamente para fora das janelas e portas.

- Alguém chame a polícia!

Griff se agachou sobre o corpo enrolado em uma bola fetal. A vítima era um adolescente ou um homem pequeno. Havia mijo e sangue por toda parte, e ele estava com medo de rolar o corpo. Pelo menos a caixa torácica estava se movendo um pouco; não era ainda um assassinato. A voz da abelha gordinha disse do outro lado da rua.

- Eu liguei para o 911.

Seus passos se aproximaram. Outras pessoas estavam saindo para a rua. Abutres.

- Ok. - Griff sabia que tinha que ter certeza que as vias respiratórias não estavam bloqueadas.

A vítima não parecia estar respirando regularmente, ou se ele estivesse, não estava recebendo muito ar. O cabelo do cara estava empapado de sangue. Arquejos ofegantes mal assobiavam através de sua boca ensanguentada. Griff se inclinou para ter certeza de que ele ouviu o som. O temor em seu estômago
apertou.

Cabeça QuenteOnde histórias criam vida. Descubra agora