UMA SEGUNDA CHANCE-Romance Gay

CAPÍTULO 53-UMA SEGUNDA CHANCE.

Mesmo não tendo conseguido dormir e estando abraçado a Luciano, Paulo se assustou quando ele acordou apavorado gritando o seu nome.

_Shiiii...acalme-se, meu amor...está tudo bem...está tudo bem..._sussurrou mansamente.

Luciano o olhou por um momento, depois se enroscou mais a ele, tentando se acalmar.

Paulo afagou suas costas com as pontas dos dedos e ficou sussurrando palavras de conforto bem calmamente, enquanto Luciano só o segurava de olhos fechados.

_Eu sinto muito pelo seu filho, Pati...sinto muito..._Luciano beijou o peito do namorado calidamente.

_Eu também sinto muito por ter te submetido a ficar sob as maldades dele até que eu pude retirar as vendas dos meus olhos e enxergar a realidade que eu não queria enxergar. 

 _Não se culpe tanto, meu amor. Não tinha como você adivinhar...

_Mas Lurdinha tentou me avisar tantas vezes e eu ficava adiando para me iludir que ele não era tão mal quanto ela dizia. Flávio mandava recados...até o Tomás, mas eu não podia acreditar que o meu menino tinha se tornado um monstro daqueles.

Um silêncio tomou conta do quarto por um longo tempo.

_Queria saber por que a Lurdinha não apareceu nesses últimos dias, Luti...será que ela foi embora de vez?

_Miguel disse que ela pode ter terminado a missão dela aqui, depois que a ameaça ao nosso amor se foi...e, por isso, agora está em paz. Talvez nunca mais ela volte...foi o que o Miguel falou. Eu sinto muito por você...

_Não...tudo bem...sei que ela está em paz, agora que estamos juntos e bem...talvez ele esteja certo e ela só tenha vindo para cumprir a missão dela. Posso entender que o Flávio também está em paz, agora, pois ela dizia que ele a mandara para nos ajudar. Mas o Miguel falou que você deve continuar frequentando o centro e que talvez outras pessoas tentem fazer contato através de você.

_Eu sei. E tem o Tomás, claro. Acho que gosto dele. E vou fazer o que o Miguel me aconselhou. Depois que comecei a frequentar o centro dele, confesso que estou bem mais tranquilo, bem mais controlado e aberto a novos conhecimentos...estou mais em paz do que quando não tinha um estudo como o que eles fazem lá.

_Ele disse que, se quisermos, poderemos fazer o nosso casamento no centro. O que você acha?_disse Paulo afagando os cabelos de Luciano que agora estava deitado em seu colo.

_Não tenho nenhuma restrição...podemos nos casar lá...ou na sua casa...ou aqui...me caso onde você quiser...você decide.

_Então, se você não se opuser...a gente pode fazer uma cerimônia lá, para os nossos amigos do centro ficarem felizes, talvez com a presença de Flávio e Lurdinha, e uma lá em casa, porque minha mãe disse que não abre mão da gente fazer nossa cerimônia lá, para toda a família comparecer. E como eu sei que nem todo mundo entenderia a cerimônia no centro, será o ideal. O que você acha?

_Eu acho que vai ser perfeito...como tudo o que você faz...

_Como tudo o que eu faço? Acha que ontem, a nossa noite de reconciliação foi pelo menos perto de algo perfeito, meu amado?

_Deixe-me ver...o banho juntos...a gente juntinho em frente à lareira...ouvindo as nossas músicas preferidas...o queijo assando lentamente...o Thor ao nosso lado...

_Claro...sem o Thor não dava pra ser perfeito..._brincou Paulo.

_Depois você me trazendo no colo pra nossa cama...eu te sentindo mais carinhoso do que nunca...me aquecendo...me invadindo cada vez mais intensamente...e eu dormindo do jeito que gosto, em seus braços e nós dois como se fôssemos um só...você me amando como se fôssemos um só corpo...