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14 de fevereiro - Valentine's Day, 2001

— Emma, feche os olhos.

Killian está empolgado. Seu sorriso se expande um pouco mais quando eu sorrio e faço uma careta negando fechar os olhos.

— Feche!

Os fecho e em seguida ele me dá um selinho. Sinto algo melar meus lábios e ao passar a língua sobre eles sinto gosto de chocolate. Abro um pouco mais a boca e mordo um morango. Killian me beija em seguida tirando o morango da minha boca e causando minha frustração.

— Estique as mãos.

As estico e sinto algo fofinho. Quando abro os olhos o vejo. Sim, é ele! E com ele vem um grande cartão no qual há mini fotos de mini Killians e mini Emmas. No centro diz: Eu te amo! Feliz dia dos namorados.

Solto o enorme Simba de pelúcia e pulo em cima de Killian. Ele me segura com força e me gira no ar enquanto enche meu pescoço de beijos.

Ao sentir meus pés tocarem o chão seguro seu rosto e o beijo apaixonadamente.

— Feliz dia dos namorados, amor. – digo.

Abro os olhos e levanto meu rosto da palma da sua mão. Killian ainda dorme tranquilamente. Ele esteve acordado há uns dez minutos pedindo por água, mas em seguida apagou. Acho que nem notou que fui eu quem deu a água.
Há algumas horas, quando cheguei às pressas preocupada com ele, nem imaginei o que realmente havia acontecido.
Decidi ficar aqui pelo tempo que for preciso. O médico disse que seria bom eu dar a notícia, pois sou a pessoa mais próxima de Killian. Lizzy me ligou hoje de manhã perguntando onde eu estava. Tive que contar o que houve e que tudo ficaria bem. Ela prometeu ir para escola certinho e na volta passar no hospital para ver o pai. Minha mãe e Sarah disseram por mensagem que virão mais tarde, por ter que tratar de alguns assuntos pendentes em São Francisco. Não faço ideia do que seja, mas também não me importo agora.

— Hm... Emma? – ele dá um sorriso fraco e pede por mais um pouco de água. Dou e em seguida ele faz uma careta. – tem algo de errado. O que aconteceu?

— Ontem você estava dirigindo com os faróis apagados e um caminhão veio na contra mão e não viu seu carro... Foi bem ruim Killian. Você quase teve um traumatismo craniano, mas graças a Deus não aconteceu.

Ele se remexe.

— Tem algo de errado Emma. Além do braço quebrado.

Pressiono os lábios e acaricio seu rosto.

— Calma.

— Emma... – sua respiração fica acelerada. Seus olhos se enchem d'água e seu desespero cresce.

— Killian... Eu sinto muito.

Ele ergue o lençol e leva à mão a boca chorando forte e alto. Killian balança a cabeça diversas vezes e depois me encara. Ele não consegue acreditar. Quem conseguiria?

— Eu sinto muito, mas tudo vai ficar bem, vai ficar tudo bem.

— Bem? – ele diz baixo balançando a cabeça – eu...

Seguro seu rosto com força e colo nossas testas fechando meus olhos. Ele continua chorando durante alguns minutos, mas depois para e repousa o rosto no meu ombro. Beijo sua cabeça e o médico entra nos fazendo afastar.

— Com licença, Killian preciso te examinar de novo.

Ele confirma com a cabeça e deixa ser examinado pelo médico que diz que por enquanto está tudo bem, e que terá que ficar mais alguns dias no hospital.

Eu ainda te amoOnde histórias criam vida. Descubra agora