Eu ainda te amo

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4 de abril - 2.000

— Oi, eu sou o Killian.

Viro-me devagar e me deparo com o garoto mais idiota do colégio. Killian Jones, o cafajeste mimado.

— Sou a Emma, agora tchau.

Faço menção de me virar, mas sua voz faz com que eu fique.

— Não vai não.

— Por quê? Para você pedir para sair comigo, me iludir, transar comigo e depois ganhar o dinheiro da aposta que fez com seus amigos? Épico. Eu passo, obrigada.

Ele está sorrindo. Ele sorri. É um grande e lindo sorriso.

— Você é maluquinha, sabia?

— Suposição. O que você, que pode ter qualquer uma das populares quer comigo?

— As populares enjoam, e não são só as populares que são bonitas. Por que eu gostaria de uma garota bonita, popular e burra, sendo que posso ter uma garota inteligente, bonita e desconhecida?

Dou de ombros.

— Quer sair comigo?

— Não – sorrio – você terá que fazer mais que um pequeno discurso e dar um belo sorriso.

Dou as costas para ele e caminho em direção a minha próxima aula. Biologia.

— Meu sorriso é belo?

Viro minha cabeça encontrando seus olhos e sorrio entrando na minha sala.

Abro os olhos rapidamente me sentindo eufórica. Uma lembrança. Uma lembrança antiga de como tudo começou. Por que ela surgiu em minha mente? Eu nem ao menos estava pensando nesse dia.
Esfrego as mãos no rosto e me levanto indo em direção ao banheiro para me refrescar.
A última vez que tive lembranças do início do nosso relacionamento, Killian quebrou o pé, então tenho medo de que isso possa significar algo de ruim. Algo que possa acontecer com ele. A briga de ontem não vem ao caso quando se trata da vida de Killian. Vou tomar coragem e ligar para ele.

— LIZZY – grito dentro do Box.

— OIIII – ela grita se aproximando – oi – Lizzy sorri e olha para mim – o que foi?

— As toalhas daqui estão sujas, pega uma no seu banheiro fazendo favor.

— Claro – ela sorri e olha para minha barriga saindo em seguida.

Acho que Lizzy está ansiosa na espera de um irmão ou uma irmã. Graças a Deus. Se ela não gostasse da ideia eu ficaria maluca.

Após ela me entregar a toalha, me enrolo e sento-me na cama pegando meu celular. Disco o número de Killian e ele atende no terceiro toque.

— Killian...

— Se você me ligou para pedir desculpas, as considere aceitas.

Reviro os olhos.

— Não liguei para isso. Liguei para perguntar se está tudo bem. Você vai para algum lugar an... Perigoso?

Ele demora alguns segundos para responder.

— Como assim? Desde quando você se importa?

— Só me responda ok?

— Não vou não. Estou em casa vendo televisão.

— Se você for dirigir, vá com cuidado...

— Pode deixar... – sua voz soa estranha – você está bem Emma?