CAP 24: UM DIA NORMAL

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Tem coisas em você que me fazem tão bem não sei porque
E entre nós dois
Sempre foi e sempre será assim
Cada vez mais te vejo em mim
Entre nós dois, NX Zero 

Tem coisas em você que me fazem tão bem não sei porque E entre nós dois Sempre foi e sempre será assim Cada vez mais te vejo em mimEntre nós dois, NX Zero 

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6 de julho de 2016, Quarta-feira.

O SINAL PARA O início do quinto horário soou pela escola e eu joguei o livro de matemática dentro da mochila feliz pelo pesadelo ter terminado.

A professora de filosofia, a Sra. Potter, entrou vagarosamente na sala fazendo uma pausa para balançar o cabelo curto e levar os óculos escuros até o topo da cabeça. Nathan tentou segurar o riso na cadeira a minha frente e eu dei um cutucão em seu ombro.

— Pare com isso — sussurrei entre os dentes.

A Sra. Potter tinha um jeito... Exótico de escolher suas peças de roupa. E seu cabelo loiro tingido me lembrava macarrão instantâneo.

Ela sentou-se dramaticamente na mesa e tirou os óculos de leitura da bolsa colocando-os, sem se importar com os que estavam na cabeça.
Parecia que ninguém na sala sequer notara sua presença; alguns escutavam música no celular, outros arrastavam as cadeiras para formarem grupos de fofocarem e três garotos saíram furtivamente da sala.

— Chamada — anunciou a professora.

Lá vamos nós... Ela demorava cerca de um minuto para falar um nome, encontrar a pessoa e marcar presença no diário. Quando chegava no último nome já havíamos perdido metade do horário.

No geral ninguém se importava mas eu gostava de filosofia. Imaginava que seria uma disciplina repleta de debates e opiniões. Puff! Quanta ingenuidade a minha.

Uma bolinha de papel voou do fundo da sala e aterrissou perto dos meus pés. Lancei um olhar cansado para os garotos no fundo da sala e eles murmuraram um pedido de desculpas.

— Silêncio — pediu a Sra. Potter com a voz arrastada.

— Será que ela sabe que ninguém liga para ela? — Nathan perguntou virando-se na cadeira com o telefone na mão.

— Melhor guardar isso — adverti.

Ele revirou os olhos e dobrou a barra da calça.

— Pare de ser tão nerd — implicou.

— Só quando você parar de ser tão chato — rebati rindo.

Sra. Potter ditou as páginas dos exercícios mas a maioria dos alunos ignoraram.

— Você vai fazer? — Nathan pareceu confuso ao me ver abrindo o livro.

— Claro. Você não?

Ele gargalhou como se eu tivesse contado uma piada. Ignorei-o e comecei a ler os exercícios.

E Se Eu Dissesse Que... Sim?Onde histórias criam vida. Descubra agora