CAP 36: UM ABRAÇO

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As luzes da cidade da cidade se ascendem antes de nós
E seus braços ficam legais em volta dos meus ombros
E eu tive a sensação que pertencia
Eu tive a sensação que poderia ser alguém
Fast Car, Boyce Avenue

As luzes da cidade da cidade se ascendem antes de nósE seus braços ficam legais em volta dos meus ombrosE eu tive a sensação que pertenciaEu tive a sensação que poderia ser alguémFast Car, Boyce Avenue

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27 de agosto de 2016, Sábado.

AQUILO ERA UMA PÉSSIMA ideia, com certeza, pensei encarando o teto. O dia mal tinha começado e eu sabia que não iria terminar de uma forma legal. Mas, por outro lado eu tinha o direito de fazer o que eu queria.

Ontem, logo depois de me despedir de Kile, Kai resolveu aparecer depois de quase uma semana sem dar notícias.
Com raiva e cansada disse que ele poderia ir embora já que se, ficou cinco dias sem me ver poderia ficar mais um. Obviamente me senti culpada quando fui dormir, no entanto fazer as pazes com meu namorado ia exigir mais energia do que eu tinha no momento.

Levantei desanimada e enviei a mesma mensagem para cinco pessoas: Kile, Lex, Elly, Victor e Dale. Combinei com eles de irmos ao festival literário da cidade (o mesmo que fez com Kile entrasse em várias lojas perguntando por ingressos).

Eu esperava que fosse uma tarde legal. Levaria meu primo de 12 anos para conhecer mais do mundo dos livros. Promoveria um encontro entre velhos amigos, Dale e Kile. Me divertiria a lado das garotas. E, o melhor, faria Kai provar do seu próprio veneno.

Mas é claro que tudo daria errado. Óbvio.

Uma hora antes de sair de casa para buscar Victor tudo estava o oposto do planejado. Lex não iria porquê sua mãe estava viajando. Elly não me disse onde me encontraria. Dale provavelmente já tinha saído de casar ficaria cansado de me esperar. E por último Kile simplesmente tinha DESAPARECIDO sem ao menos dar certeza de que iria!

Faltava muito pouco para eu desistir de todo o plano e fica em casa lendo meu bom e velho romance. Odeio marcar compromissos comas pessoas e não ter uma resposta dessas. Paciência.

Resolvi começar a me arrumar e tomei um banho frio na tentativa de relaxar.

De frente para o guarda-roupa escolhi o vestido preto com bolinhas brancas, meu preferido. Passei pouca maquiagem e meu velho e adorado batom cor-de-rosa. Conferi o celular ansiosa e graças aos céus todos me responderam. Elly marcou de se encontrar comigo na praça de alimentação do shopping e Kile disse que me esperaria com Dale.

Mais aliviada, porém ainda nervosa, saí de casa e desci a rua da casa do meu primo. Victor estava um pouco tímido mas empolgado o suficiente para não esconder o sorriso. Ele é um dos meus primos caçulas com quem cresci e por isso o considero como meu irmão caçulinha.

Pegamos o ônibus e cerca de vinte minutos depois chegamos ao ponto de encontro; desci os degraus da lotação calmamente, suando frio. Tinha uma sensação estranha perturbando meu pensamento, mas não sabia exatamente o que era. Só quando avistei Dale ao longe foi que me perguntei que diabos eu estava fazendo ali! Dale não gostava de livros, Elly detestava sair com pessoas que não conhecia (ainda mais garotos), e Kile, bem, não tinha nem um motivo para estar ali a não ser pelo fato de gostar de mim. Céus... Onde fui me meter?

E Se Eu Dissesse Que... Sim?Onde histórias criam vida. Descubra agora