CAP 34: A PRINCESA

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Nós queremos um ao outro, mas ninguém quer assumir primeiro
Quando as pessoas perguntam sobre nós, nós tentamos disfarçar
Eu não sei por que agimos como se não significasse nada
Eu queria poder te dizer que você é tudo que eu quero
Why, Shawn Mendes

Nós queremos um ao outro, mas ninguém quer assumir primeiroQuando as pessoas perguntam sobre nós, nós tentamos disfarçarEu não sei por que agimos como se não significasse nadaEu queria poder te dizer que você é tudo que eu queroWhy, Shawn Mendes

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23 de agosto de 2016, Terça-feira.

KAI ESTAVA SEM telefone, o que tornava nossa comunicação ainda mais difícil. Ponderei se deveria ligar no número de Mike e pedir para falar com ele como vinha fazendo. Não, já estava incomodando além do necessário e Kai também poderia tomar a iniciativa de me procurar ao menos uma vez, não ia doer nele. Mas ao me lembrar de nosso desentendimento no domingo acho que seria pouco provável ele tomar uma atitude.

Eu estava na calçada da igreja esperando Rafaelly chegar quando Kai parou o carro ao lado e sorriu.

— Veio para o ensaio amor? — perguntei animada.

Antes que ele pudesse responder Adam saiu correndo da igreja e pulou para dentro do veículo ao lado de Mike.

— Desculpa, amor. Vou para a casa do Adam com os garotos — falou conferindo o retrovisor.

— Mas, Kai, e o almoço que...

— Amo você, amor! Foi mal! — me interrompeu.

Tão rápido quando chegou ele sumiu entre a multidão de carros.

Fiquei parada por alguns minutos pensando na situação. Havíamos combinado de almoçar na casa da minha avó quando toda a família estivesse reunida; eu estava muito animada e fiquei um mês falando com Kai sobre o tal almoço, para no fim ele simplesmente aparecer e dizer "Foi mal!". Quando ele ia me contar que pretendia sumir? Será que ele ia me dizer que tinha outros planos ou me deixaria plantada como uma idiota enquanto esperava-o?

Okay, okay. "Esquecer" do almoço eu até perdoo; sem ele eu teria mais liberdade com meus primos, mas não dar ao menos uma notícia para dizer que chegou bem no fim da cidade é uma história diferente. Adam morava quase em outra cidade e as estradas eram perigosas, ou, para alguém "radical" como Kai , eram divertidas.

Não suportei a preocupação gritando na minha cabeça então acabei ligando para Mike. Depois de três ligações percebi que algo estava errado, quando ele atendeu tive certeza.

—Posso falar com Kai um minutinho? — pedi.

— Então, Emi... Am... É que... — até um surdo perceberia o nervosismo em sua voz.

— Fala logo, Mike. Cadê o Kai?

— Bom, é que os caras foram jogar bola numa cidade vizinha e eu vim embora para poder chegar a tempo no culto, por isso não tem como você falar com ele.

Fechei os olhos com força e apertei o telefone contra o rosto. 1, 2, 3... Futebol. 4, 5, 6... Outra cidade. 7, 8...

— Eles foram... Jogar futebol em outra cidade?! — esbravejei.

E Se Eu Dissesse Que... Sim?Onde histórias criam vida. Descubra agora