Eu acreditei que aquele seria um ano tranquilo e repleto de coisas boas, e de fato foi, mas não pensei que minha vida viraria de ponta cabeça dessa forma. No início foi legal, eu não acreditei que o que Lex me dizia era real, me recusei a acreditar...
Quando não houver uma luz para te guiar E ninguém para andar, para andar ao seu lado Eu virei até você Você não precisará tentar me encontrar Pois eu virei até você Mesmo que não pudermos ficarmos juntos Seremos amigos hoje e sempre I Will Come To You, Hason
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
1 de setembro de 2016, Quinta-feira.
EU PERDI TOTALMENTE o controle da minha vida. Achei que se soubesse o que Kile sentia por mim conseguiria lidar com o resto, especialmente meu namoro. Estava completamente enganada.
Ontem à noite tudo ia bem entre mim e Kai até a hora do jantar.
— Vai comer só isso? — ele perguntou.
— Parece decepcionado — falei ríspida.
— O quê?
— Disse que parece decepcionado. Deveria estar feliz pelo fato de eu comer pouco já que sai da academia — bufei.
— Você saiu da academia? Quando? — perguntou colocando o prato na pia e me observando.
— Há pouco tempo — dei de ombros.
— E por que não me contou? — perguntou irritado.
— Para você inventar mil motivos para me convencer a fazer algo que não quero além de dizer que seu sonho é uma namorada sarada e linda? Não, obrigada — respondi jogando a colher na pia.
— Apontar meus defeitos é tão fácil para você, não é? — eu odiava quando ele começa a ser sarcástico.
— É sim, Kai. Apontar seus defeitos é fácil porque é tudo que você tem me mostrado!
— Posso dizer o mesmo de você! — Kai bateu a mão na parede com força mas não recuei, apenas fiquei encarando-o. — Você não me conta mais as coisas que faz, prefere ficar trocando mensagens com seus amigos do que star ao meu lado, não me dá carinho e me trata como se eu fosse a pior pessoa do mundo!
— Se tivesse prestado atenção em suas atitudes talvez eu não precisasse chegar a tal ponto — peguei meu prato e me sentiu no sofá, calada. Depois dessa discussão jantamos em silêncio e ele foi embora. Nenhum dos dois pediram desculpas.
Todas as vezes que nos vemos acabamos brigando. Dois dias atrás ele me tirou do sério que acabei lhe dando um tapa na cara mas nem me lembro exatamente por qual motivo. Eu me estresse com facilidade mas nunca perco o controle, Kai consegue me levar ao meu limite apenas respirando. Não existe mais amor entre nós, apenas ódio e ressentimento. Parece cada vez mais difícil enxergar uma saída para esse túnel escuro onde estamos.
