Capítulo 2

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— Porque toda essa animação? — Margareth perguntou ao ver o sobrinho feliz e agitado. Talvez o fato de conseguir um possível trabalho o deixou bem contente, mas de uma certa maneira, ele ainda não sabia se iria dar certo ou não, mas estava confiante.

— Eu vou ao castelo, eles estão precisando de jardineiros. — Comentou com a tia. — Eu irei com meu amigo, talvez eu possa conseguir o trabalho.

— Tome cuidado, você não sabe como a rainha é, mas ainda lhe desejo sorte e, espero que meu irmão não saiba que você está querendo ser jardineiro em um castelo. — Sorriu para ele

— Meu pai as vezes tem atitudes idiotas. — Disse meio revoltado. — Tudo o que ele queria era que eu seguisse os seus passos e não começasse de baixo, preferia me ver ao seu lado, mas eu não sou assim, eu prefiro começar de baixo, assim sempre saberei como é de fato, trabalhar duro. — Sentou-se.

— Mesmo assim, o seu pai é carrancudo e só quer o melhor para você, por mais que seja doloroso e difícil, é o jeito dele. — Sua tia bem sabia como ele era, sempre querendo melhor para si mesmo, nunca para os outros, mas com o filho era diferente, queria que seguisse os seus passos.

— Minha mãe me apoia nas decisões, por sorte ela me apoia e me sinto feliz por isso...

— Bom, acho que você tem uma entrevista para ir. — Lembrou o sobrinho. — Eu desejo boa sorte e, cuidado com ela. Ela sabe ser rude, mas também sabe ser cruel.

Margareth se senti receosa por saber que seu sobrinho estava querendo trabalhar naquele local, a mesma acompanhou a jornada da jovem rainha, no começo de tudo era uma doce garotinha que deixava todos felizes e falava com todos, mesmo que seus pais a proibissem, mas de um dia para o outro, se tornou uma pessoa amarga e frio.

— Eu tomarei cuidado e, se não conseguir... eu procuro outro emprego, oportunidades não devem faltar. — Disse confiante.

...

— Então, preparado para uma jornada? — Marcelo perguntou alegre. Estava usando uma roupa de jardinagem, o que lhe deixava um tanto engraçado por causa do macacão.

— Sim, mas você fica engraçado usando essa roupa. — Sorriu.

— É o que todos temos que usar. — Deu de ombros. — Mas vamos torcer para você conseguir esse emprego, se é o que te deixa feliz, então certamente não irá se preocupar com a rainha.

— Eu me sinto em um país medieval, porque tudo aqui parece ter sido esquecido no tempo, mas ao mesmo tempo parece ser tão moderno. — Comentou. — Eu gosto disto, mas ao mesmo tempo se torna estranho.

— Nossa cidade foi construída há vários anos, talvez séculos, então é por isso que todas as construções de uma certa maneira se parecem, a arquitetura antiga faz isso, deixa bonito, um ar antigo, mas comparando-se aos dias atuais, tudo fica mais moderno.

— Bom, eu me sinto em casa, nada mais me deixa alegre. — Sorriu para o amigo.

— Você se importaria em ir até o castelo a pé? — Marcelo perguntou para Mikael.

— Acho que não. — Sorriu abafado.

...

— Meus pés estão doendo. — Mikael reclamou. — Não sei porque eu aceitei vir a pé, poderíamos ter pego um taxi ou coisa parecida, porque não me deu essa opção? — Perguntou zangado. — Meus pés estão me matando,

— Bo, eu perguntei se você e importaria, já que respondeu não... — Fez uma pausa. — Achei que não haveria problemas em andarmos um pouco e tudo isso será bom para você se acostumar. — Deu de ombros. — Não seja cruel consigo mesmo. — Marcelo repreendeu.

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