Capítulo 12

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— Eu não viu, papai. — Disse irritado ao ver que seu pai estava com as malas prontas e, possivelmente, as suas estavam juntas. — Eu não vou viver uma felicidade que não é minha, eu quero fazer o que eu gosto e não fazer o que você gosta.

— Você não pode fazer isso comigo, você me deve muitas coisas. Eu lhe dei um lar, eu lhe dei um bom ensino, eu lhe dei tudo aquilo que você pediu.

— Isso é ridículo, sabia? — Olhou para o pai de uma forma desapontada. — Isso é tão feio, você jogar tudo isso na minha cara, isso não é coisa que se faça...

— Mas você tem que ir comigo, você só está aqui, porque eu paguei a sua passagem.

— Não, ele veio porque eu quem paguei e permiti que ele viesse. — Stefany tomou a frente, a mesma não poderia deixar que seu filho fosse humilhado pelo próprio pai.

— Vocês são dois traidores.

— Respeite a minha casa. — Margareth interrompeu a quase discussão. — Não viu permitir que boc que insulte minha cunhada e meu sobrinho, você não tem esse direito.

— Você é outra, Margareth, está apoiando esse imundo. Eu nunca pensei que veria meu filho trabalhando como jardineiro, isso é uma vergonha. Você deveria se sentir envergonhado por me fazer passar por essa humilhação. — Apontou o dedo para Mikael. — Mas sabe, isso serviu para mim ver que você não é meu filho, você não passa de um perdedor. — Ouvir essas palavras deixou Mikael triste, no entanto, ele já estava esperando pior.

— Acho que isso me machucou mais do que qualquer outra coisa... — Suspirou.

— Vamos embora. — Stefany levou o marido com ela.

— Escute. — Michel chamou a atenção de Mikael. — Você não é mais meu filho, não precisa nunca mais aparecer na minha casa. — Disse isso é saiu sem ao menos despedir-se de sua irmã.

Mikael, triste e com uma dor no peito foi correndo para o seu quarto. O jovem nunca imaginou que passaria por tal situação. Deitou-se na cama e fechou os olhos. Muitas de suas perguntas eram sobre o que ele poderia ter feito para ser pai agir de tal maneira.

— Meu filho, não fique assim, seu pai só disse aquilo por causa do calor do momento. — Margareth disse tentando consolar o sobrinho.

— Não acho... — Algumas lágrimas rolaram.

— Ele parece com o nosso pai, tem o mesmo temperamento e a mesma obsessão do filho seguir os passos do pai.

— Mas os tempos eram outros e agora os tempos são diferentes, eu não posso fazer aquilo que ele me manda, não viu seguir os seus passos.

— Isso é bom, você tem atitude, mas deixe isso de lado. Nós dois precisamos nos divertir, bom, sair um pouquinho. — sorriu. — Sei que não é o momento, mas, amanhã começam as festividades, o que acha de irmos? Ao menos para mim cumprimentar algumas amigos e você fazer algumas amizades, chame seu amigo Marcelo para ir conosco.

— Não sei se tenho cabeça para festas, não agora, mas acho que posso fazer um esforço, afinal, é uma coisa reservada, tendo em vista que a cidade é pequena. — Se recompôs e se encostou na cama.

— isso, eu gosto de ver você assim, alegre, mesmo que ainda pareça triste, já é um avanço.

— O papai me decepcionou muito...

— Deixe isto de lado, pense somente em coisas boas, o seu pai é louco, todos nós sabemos. — Margareth gargalhou.

— Ele não é louco, louco é um termo muito feio, mas isso tem cura. Ele é um caso sério, eu não diria louco, mas não acho uma palavra que seja cabível. — Riu.

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