Meses depois
— Muita coisa aconteceu, não? — Mikael estava feliz, pois algumas semanas após Sofy se redimir com as pessoas, eles uniram-se em um relacionamento.
— Sim. — Sofy abraçou-o. — Eu estou feliz, bastante feliz. Muitas coisas aconteceram, coisas para o mal, mas também muitas outras coisas me fizeram um bem imenso. — Levantou-se e jogou um pouco de comida para os peixes.
Os dois, depois que começaram a namorar, iam duas vezes na semana ao lago da cidade e lá, sentavam em um banquinho em baixo de uma árvore e ficavam apreciando a bela vista, levam comida e davam aos peixes.
— Quem diria que um dia estaríamos aqui?
— Coisas acontecem sempre, mas fico feliz por você estar aqui comigo, antes de tudo isso, eu pensei que nunca mais iria sorrir verdadeiramente.
— Mas agora estamos os dois aqui, felizes e de bem com a vida. — Mikael estava contente com tudo aqui, mas o qual ainda lhe deixava chateado era o fato de seu pai não ter perdoado e aceitado a sua escolha.
— Você ainda não se acertou com o seu pai?
— Não, mas eu prefiro assim, ele iria ficar palpitando a minha vida. Meu pai nunca irá entender o que eu quero, sempre é tudo o que almeja, nunca tem tempo para saber o que eu realmente quero. — Suspirou. — Já fazem mais de cinco meses desde tudo aquilo, mas já que ele está se fazendo e orgulhoso, não vou voltar atrás.
— Chega de pensar em coisas tristes. — Sofy voltou a se sentar. — Quero que hoje e sempre seja mais que especial. Acho que todos os dias temos algo para comemorar, não?
— Eu tomei gosto pela jardinagem e você conseguiu o perdão de todas as pessoas, certamente era tudo o que queríamos.
Mikael se interessou pelo mundo da jardinagem e abriu uma floricultura, ao qual rendia um ótimo lucro. Ainda vivendo com a tia, ele sempre ajudava a quitar as dividas e mesmo assim ainda sobrava uma ótima quantia para depositar no banco.
Sofy conseguiu o perdão de todo mundo, isso, certamente, fez com que ela se sentisse ainda mais feliz.
— Você está pronto para hoje a noite?
— Não me lembro de termos combinado nada...
— Vamos nos reunir na minha casa, você levará a sua tia e o seu amigo. — Sofy refrescou sua memória. — Vamos fazer uma reunião simbólica, nada elaborada.
— Só nós, certo?
— Sim.
— Se passaram tantos meses e eu não tive notícias do Arthur. — Estava pensativa.
— Ele deve ter ido embora, mas é melhor assim, pelo menos você não pensa em coisas irrelevantes. — Sorriu para ela.
— Sim. — Abraçou.
...¥...
— Quem quer começar? — Margareth pergunta curiosa. Ambos estavam fazendo uma brincadeira entre si, teriam de dizer alguns sonhos que possivelmente se realizariam.
— Eu. — Marcelo se prontificou. — Eu quero que neste ano eu consiga mudar de vida, conseguir um novo emprego e quem sabe um amor para toda vida. — Deu de ombros e sorriu.
— Eu já tenho de tudo, tenho a melhor filha postiça do mundo. — Bráulio abraçou Sofy.
— Eu estou prestes a realizar um sonho, meu generoso sobrinho, com sua prosperidade em vigor, vai me dar uma viagem para onde eu quiser. — Margareth disse com orgulho. Ambos estavam esperando por aquilo a muitas semanas. O negócio de Mikael, mesmo que ainda esteja recente, conseguiu fazer sucesso entre os moradores e turistas da cidade.
— Eu estou feliz ao lado de quem amo, mas um sonho que poderia se realizar é nós casarmos. — Mikael disse para o espanto de todos. — Mas esperaremos mais uns três anos. — Riu.
— Acho que o meu sonho é o mesmo. — Sofy olhou para ele.
— Eu queria agradecer por vocês terem vindo. — Sofy Levantou-se. — Tudo isso está sendo importante e especial para mim. As coisas que aconteceram eu prefiro deixar no passado, agora eu quero somente ser feliz. — Olha para o Mikael. — Vocês irão me desculpar, mas irei roubar ele. — Sorriu e puxou ele.
Os dois foram andando até o jardim, estava iluminado. Sofy saiu puxando ele até o local onde anos atrás ela havia feito uma promessa, mais precisamente, um pedido.
— Eu te trouxe aqui para dizer o quão especial você. — Olhou em seus olhos. — Desde o primeiro momento eu senti uma coisa diferente, algo que me faria mudar, literalmente mudar para melhor. Aqui, neste mesmo lugar onde estamos, eu peguei uma dessas rosas e fiz uma promessa, um pedido, pedi a Deus que me ajudasse ajudar e em troca, lhe ofereci a rosa, eu cuidaria dela a cada semana e sempre aos domingos eu a trocava. — Abraçou.
— Eu agradeço por você sem que é, mudanças são necessárias. — Retribuiu. — Eu sempre estarei aqui... — Pôs a mão em seu queixo direcionando para cima e aos poucos foi se aproximando. Seus lábios foram selados por um beijo calmo e terno. [...]
— Vovó, conta mais. — O pequeno garoto pediu após se ajeitar na cama.
— Outro dia eu contratei. — Sofy sorriu. Ela não era mais aquela jovem com disposição. Foi mãe e agora uma cuidadosa avó.
Os anos passaram, mas a bondade ainda continuou em seu coração. Bons momentos aconteceram, mas com eles veio a tristeza de perder o marido. Novamente as rosas vermelhas foram o seu refúgio.
— Agora precisam dormir. — Deu um beijo na testa dos três netos.
— Boa noite vovó. — Os três disseram.
Sofy saiu do quarto e andou até o seu jardim. Com o álbum de fotos em suas mãos, sentou-se e em cima pôs uma das rosas e lembrou de todos os bons momentos em que passou quando era jovem. Algumas lágrimas rolaram, mas um sorriso singelo surgiu.
Escrevi o capítulo pelo celular, então, qualquer erro, me avisem que irei corrigir.
Muito obrigado a todos vocês que chegaram até aqui.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Quase Fera
القصة القصيرةTalvez uma história que nunca foi contada, talvez algo lhe faça lembrar o que realmente se passa. Uma jovem garota, amargurada pelos traumas de seu passado. Tristezas e choros fizeram com que a jovem Sofy vivesse amargurada desde a sua adolescência...