Sunshine

10

Partimos em direção do campo e foram horas de viagem, por isso chegamos perto da hora do almoço e isso dificultou em relação a fraqueza. Nem viajei no mesmo ônibus que os outros. Ainda permaneci com Red e Ales, mas pra minha sorte, eles não falaram muito. Ninguém no ônibus estava falando muito, e eu menos ainda já que nem tenho intimidade com ninguém aqui.

Chegamos a um campo aberto, e não tinha nada no meu campo de visão, além da estrada sem carros e a grama verde com poucas arvores. Percebi que tinham dezenas e ônibus como o meu estacionados na estrada, que imagino virem de vários lugares. Sam apareceu e pediu para que seguíssemos. Estávamos tão longe da estrada, andando na grama, que os ônibus viraram pontos pretos no horizonte. E como mágica (ou tecnologia mesmo) ondas transparentes surgiram de onde Sam estava parado e foram ficando mais rápidos, até que revelou-se um muro assustadoramente alto, com cor acinzentada, que foi se revelando por parte como se estivesse crescendo do chão, de modo silencioso. Mas na verdade ele já estava ali, a diferença agora é que seria visível aos fighters. Então uma fenda se abriu soltando um pouco de pó, e depois virando uma espécie de porta.

-O que será que tem ai dentro? - Red perguntou ao meu lado, colocando a mão pra tapar os olhos do sol forte, tentado assim como eu, enxergar o topo do muro. - Pelo que sei, isso é uma prisão. Ela não deixa nenhum tipo de "poder" ser usado la dentro. - ele puxou o celular. - inclusive não vai ter sinal de nada. Mesmo aqui fora já tem interferência.

-E o que exatamente vamos fazer aqui? - Ray se aproximou com Layla de um lado e Michelle do outro.

Ninguém disse nada. Apesar de Sam teoricamente conhecer o local, andou com cautela. Todos os outros mestres também levavam grupos de jovens ate as portas pequenas que davam pra dentro do muro. Não tinha nada dentro, apenas mais grama. Uma extensão de grama sobre o sol do meio dia, mas o vento não entrava ali e o outro lado do circulo feito de metal ficava bem longe. Uns bons quilômetros.

-Ai.. - Layla soltou um mini grito quando um coelho branco passou saltitando entre suas pernas e sumiu em meio a grama alta. - que estranho. W&L é mesmo agradável. Da onde eu vim, isso aqui não existe mais. É tudo morto e cinza.

- Quer dizer, do reformatório?- Ray soltou com sarcasmo.

- Não, da onde eu vim mesmo.

-Ué... você não é de World of Light? - Michelle perguntou.

-Eu tenho cara de Lightiana? Sou de CB. Mas não me lembro de lá. Na verdade não sei quando eu morei la, eu vivi a vida toda em Morroc.

-Hum... Interessante. Quer dizer que você é viajadinha. - Ela estava preste a responder Red, mas Sam nos interrompeu. Ele levantou a mão e todos automaticamente ficaram em silencio.

-É aqui. Como eu disse, vão sentir uma diferença de força, pelo campo magnético. Eu estarei naquela cabine.- apontou por dentro da fortaleza, uma pequena sala centralizada no muro extremamente grosso, com uma janela de vidro virado para o campo. - dela eu e os outros coordenadores estaremos a liderar a missão, por enquanto o que devem fazer é libertar o Demon de vocês. E quem não tem, apenas fique com os companheiros de equipe. Se baseará no controle que vocês têm com os demons, e o poder de percepção de cada.

Assim, ele se virou e subiu uma escada pelo o interior do muro, que provavelmente daria na sala dos coordenadores. Logo depois que todos entraram, a porta se fechou, ao modo que parecia nunca ter sido aberta. Nem parecia uma porta na verdade. Era muito extenso. Todos os outros fighters dos outros colégios, estavam por ali mesmo. Cerca de uns 5000 alunos. Vários já com diferentes tipos de mascotes por perto, alguns brincando outros treinando...

-Finalmente você me trouxe né? - Rugy soltou com raiva depois magicamente aparecer do meu lado. Isso é bem estranho mas funciona bem. É só você desejar que ele esteja lá e ele está. Mas se você nunca desejar, ele não tem como voltar.