Capítulo 04 - O Nirvana do Despertar

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*Tum ... Tum ...*

*Tum ... Tum ...*

*Tum ... Tum ...*

Um som ameaçador, como de tambor, ecoou pelos quatro cantos do mundo, surgindo do nada. Os pássaros saíram voando, procurando um local seguro para se esconder, as bestas selvagens das florestas se esconderam fundo em suas cavernas e tocas, Dragões e Fênix emitiram gritos de lamento que fizeram os mares e os céus tremerem, os cavalos ficaram inquietos, derrubando várias pessoas no chão. Os seres humanos sentiram um frio na espinha e um arrepio passou por todo o seu corpo, os cultivadores do continente, que estavam no ápice do Dao, tossiram um bocado de sangue enquanto caiam de joelhos. Até mesmo as árvores estremeceram, os mares ficaram revoltos e nuvens de furiosas tempestades começaram a se formar nos céus por todo canto. Nunca ninguém tinha presenciado uma cena como essa.

*Tum ... Tum ...*

*Tum ... Tum ...*

*Tum...*

O som continuou a soar, os corações das pessoas da vila se encheram de angústia e ansiedade, a poucos instantes eles estavam experimentando um sentimento tão bom de paz e alegria com o som de riacho que embalava todos na vila, mas agora esse som de tambor trouxe os mais pesados sentimentos aos seus corações, era como se o fim do mundo estivesse próximo.

*Tum ... Tum ...*

*Tum ... Tum ...*

*Tum...*

*Tum ... Tum ...*

*Tum ... Tum ...*

*Tum...*

Na cripta onde a Sagwa foi enterrada, uma cena estranha estava acontecendo, o seu corpo estava flutuando no ar, envolto em uma luz azul turquesa. O tecido que a cobria foi totalmente queimado, seu corpo estava completamente nú, revelando sua pele branca como a neve e suas curvas delgadas, tão perfeitas que fariam qualquer garota da sua idade ter intensos sentimentos de inveja. O interessante era que, anteriormente, seu cabelo era totalmente negro, mas agora ela possuía cabelos escarlates, que caiam feito lava sobre seus ombros. As pontas eram mais claras, como se chamas nascessem das pontas e cobrissem seu corpo inteiro. Os fios brilhantes se moviam livremente, sem peso, da mesma forma que fariam em baixo d'água, fazendo parecer ainda mais como se sua cabeça estivesse envolta em chamas. Era como se uma deusa do Fogo estivesse descendo para visitar os mortais.

*Tum ... Tum ...*

*Tum ... Tum ...*

*Tum...*

*Tum...*

*Tum ... Tum ...*

*Tum ... Tum ...*

*Tum ... Tum ...*

*Tum ... Tum ...*

*Tum ... Tum ...*

*Tum ... Tum ...*

Os sons se tornaram cada vez mais fortes. Terremotos, maremotos e avalanches puderam ser vistos e sentidos nos quatro cantos do continente.

Depois de alguns instantes, o som cessou para o mundo, agora ele só podia ser ouvido dentro da cripta a qual Sagwa foi enterrada, esses eram o som da batida do seu coração. De repente, ela abriu os olhos e sugou, mais uma vez, ar para seus pulmões. Quando acordou, a luz Azul turquesa tinha diminuído e ela pousou levemente no chão de pedra. Ela estava atordoada, a última coisa da qual se lembrava era de uma dor avassaladora que sentiu quando seu coração foi perfurado. Foi então que ela lembrou que tinha sido perfurada por algum tipo de arma, olhou para seu peito e não percebeu nada diferente, era como se ela nunca tivesse sido ferida. A única coisa que estava diferente era que seu corpo parecia mais maduro, ela acabou de completar quinze anos de idade, mas seu corpo estava bem desenvolvido. Sua pele estava mais clara que antes, suas curvas estavam mais delgadas, seus seios tinham crescido e, é claro, seus cabelos agora eram escarlates.

A Guerra dos Nove MundosOnde histórias criam vida. Descubra agora