Capítulo 05 - Juro que nunca morrerei novamente

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Sagwa olhou para trás, viu Esther parada na porta do quarto da sua mãe e se perguntou porque Esther não a tinha reconhecido, mas logo seus pensamentos foram interrompidos.

— Como você ousa entrar na nossa casa sem ser convidada? De onde você veio? O que você fez com minha mãe?

Sagwa não sabia o que fazer. Quando ia começar a tentar se explicar sua mãe chamou seu nome.

— Sss-Sagwa!

Prontamente, ela se virou e encarou sua mãe. A mãe dela olhou profundamente nos olhos de sua filha e começou a chorar: — Os céus são tão cruéis, como podem fazer isso comigo, me fazer ter um sonho como este enquanto a ferida da perda da minha filha mal se curou.

Esther ficou atônita, ela não entendia porque sua mãe chamou aquela garota de Sagwa e, por cima de tudo, achava que estava sonhando. A única explicação plausível era que ela estava delirando.

Foi então que Esther decidiu colocar aquela desconhecida para fora de sua casa. Ela avançou, a tocou no ombro e assim que suas mãos tocaram a pele macia e quente de Sagwa, ela pode sentir uma maravilhosa sensação, como se todos os males do mundo tivessem sido extintos. Essa sensação a assustou e a fez retirar a mão instantaneamente do corpo de Sagwa.

Instintivamente, respondendo ao toque de sua irmã, Sagwa falou: — Irmã, sou eu, Sagwa... E-eu não estou morta!

Esther ficou boquiaberta, que tipo de brincadeira era aquela? Como alguém tão bela ousava se passar por sua falecida irmã? Enquanto ela estava perdida neste pensamento, ela notou uma peculiaridade na voz de Sagwa, estava um tanto diferente de cinco dias atrás, mas um sentimento familiar inundou completamente o seu coração. Ela começou a reparar na garota na frente dela com mais atenção e, de repente, ela se lembrou de algo e subitamente puxou o pano velho que cobria o corpo de Sagwa.

Quando o pano desnudou o corpo de Sagwa, Esther pôde ver uma marca esquisita um pouco acima dos seus seios, bem onde ficava localizado o coração. Esta marca possuía uma espécie de três arcos côncavos que se intercruzavam formando algo parecido com uma estrela de três pontas com as pontas curvadas.

Quando Sagwa nasceu, a primeira coisa que seus familiares notaram foi esta estranha marca em seu corpo. Eles acharam estranho, pois ninguém na família tinha uma marca de nascença, muito menos uma marca como aquela, mas era algo que não os preocupou, afinal era somente uma marca que surgiu durante o desenvolvimento do corpo dela no útero da sua mãe, ao menos foi esta teoria que eles formularam.

Agora, esta mesma marca estava bem diante dos olhos dela, isso significava que está garota desconhecida era a sua irmã? Mas sua irmã não possuía essa fisionomia, a íris dos seus olhos era verde-esmeralda, agora estava azul ciano claro com uma mistura de branco e, se você tivesse sorte, ao olhar com bastante atenção, perceberia algo parecido com raios elétricos que dançavam em suas pupilas. Seus cabelos agora eram escarlates com um tom degradê, com as pontas mais claras e as raízes mais escuras. Seus seios eram do tamanho ideal, nem tão grandes nem tão pequenos e as curvas do seu corpo não tinham nenhuma falha. Seus lábios macios pareciam um botão de rosa vermelha desabrochando em meio ao branco da neve de sua pele que agora parecia mais suave e macia.

Sagwa olhava para sua irmã com um olhar que expressava um sentimento de pura complacência. Ela ficou envergonhada por estar nua e instintivamente olhou para baixo, foi então que ela notou uma peculiaridade em seu corpo, seus seios estavam maiores e mais bonitos, ela ficou atordoada. Não estava acreditando no que estava vendo, então tocou neles com os dedos indicadores, ela olhou para Esther tentando entender o que estava acontecendo e depois apalpou seus seios com toda sua mão.

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