Capítulo 09 - Afinidade Elemental

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Quando ela estava quase pegando no sono uma luz tão forte quanto o sol começou a ser emitida do lado da sua cama.

Ela olhou e seu olhos se arregalaram, o Topázio Elemental estava brilhando com uma cor vermelha, isso significava que sua afinidade elemental é o Fogo, ela se sentiu muito feliz, este era um elemento que decididamente lhe traria grandes benefícios.

— Minha afinidade elemental é com o Fogo, eu poderei seguir o caminho do Dao do Fogo. Segundo os escritos nos pergaminhos que eu li, as técnicas de fogo possuem uma grande taxa de força, a única que pode se comparar ao fogo seria o raio, mas cada qual com suas peculiaridades. Hammm, o que é isso? O Topázio Elemental já deveria estar começando a apagar. Porque ele continua tão brilhante?

Nesse momento algo espetacular começou a acontecer, a cor vermelha se contraiu e ocupou somente metade do Topázio, a outra metade ficou transparente, mas logo foi preenchida pela cor Azul.

— O que? Vermelho e Azul? Nada que eu li hoje descrevia este tipo de acontecimento, o que está acontecendo? Será que eu possuo duas afinidades elementais e terei que escolher uma delas? Azul significa água, vermelho significa Fogo, qual delas é a melhor para mim?

Quando ela estava perdida neste acontecimento, o vermelho se contraiu mais uma vez, e desta vez ele foi acompanhado pelo azul, agora cada qual ocupava um terço do Topázio. Segundos depois o amarelo apareceu ocupando a área de um terço que sobrou.

— O quê? Três? E agora o amarelo significa o Raio? O que isso quer dizer?

Momentos depois, o Topázio Elemental começou a retomar sua cor original. Sagwa continuou olhando-o até voltar a ser totalmente transparente. Ela estava atônita e sem saber o que estava acontecendo.

Ela estava muito animada, mas não sabia nem por onde começar, se tivesse que fazer uma escolha entre os três tipos de afinidade, ela queria sanar todas as suas dúvidas antes de tomar sua decisão final. Mas estava muito tarde, ela não queria incomodar o senhor Larrel com a noite já tão avançada, somente para que ele abrisse a escola, então decidiu que iria descansar e no dia seguinte voltaria para a escola para pesquisar.

Quando pegou no sono, o orbe preto apareceu bem no centro da sua testa e mais uma vez começou a sonhar. Desta vez o sonho parecia se passar dentro de um buraco no fundo da terra, ela olhou para cima e reparou que conseguia ver o céu, quando começou a subir, a mesma estátua do último sonho apareceu na sua frente e começou a se movimentar para o fundo do buraco.

Ela decidiu seguir a estátua. Desceu cada vez mais rápido, tentando acompanhar sua velocidade. Em certo ponto atingiram uma profundidade muito escura, ela só conseguia enxergar a estátua porque esta emitia um leve brilho ao seu redor.

Finalmente, depois de algum tempo, começou a enxergar um brilho vindo do final do buraco, mas o brilho era meio avermelhado, ela também começou a sentir seu corpo mais quente e começou a perceber que, ao seu redor, tinha um pouco de fumaça. Conforme foi se aproximando, ela começou a discernir o que era aquele local, ela estava dentro de um vulcão. E o que tinha no final dele era magma. Na velocidade que estava agora ela não conseguiria parar a tempo de evitar cair sobre a rocha fundida, mas ela se lembrou de que aquilo era só um sonho, então mergulhou com força na lava. De fato, aquilo não a machucou, mas muito mais do que não sentir nada, ela sentiu seus músculos relaxarem como se estivessem em casa.

Neste momento, a estátua reapareceu a sua frente e as mesma palavras de antes apareceram em sua cabeça. Sagwa prontamente entendeu o que deveria fazer, se sentou na posição de Lotus e começou a meditar aquelas palavras. O seu Prana começou a circular por entre seus meridianos. Pouco tempo depois, a técnica que ela estava meditando parecia forçar um pouco da energia da lava em seu corpo, ela sentiu uma dor estonteante quando recebeu pela primeira vez esse poder dentro dela. Ele entrou com tudo em seu corpo, queimando boa parte das impurezas que seu corpo continha, mas também começou a entrar em consonância com seu corpo, ou seja, seu corpo estava começando a ter intimidade com o fogo.

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